| Fidel Castro, ex-presidente de Cuba e um dos líderes da Revolução Cubana (Foto: Divulgação/Curta!)
Diplomatas de Cuba, EUA e Rússia se reúnem pela primeira vez em um filme para revelar os bastidores da era Castro Uma revolução que mudaria totalmente a história das Américas e que colocaria uma pequena ilha do Caribe entre os territórios mais disputados pelos blocos capitalista e socialista, durante a Guerra Fria. Essa história, desde a famosa batalha de Sierra Maestra — quando Che Guevara, Fidel Castro e demais guerrilheiros tomaram o poder, em 1959 — até o declínio econômico após a derrocada da União Soviética, é contada no documentário francês “Cuba, A Revolução e o Mundo”, exibido pela primeira vez no Brasil pelo Curta!, em duas partes. O filme também está disponível no Curta!On, o clube de documentários do Curta! no NOW, da NET / Claro. A história recente de Cuba é contada, no filme, sob uma nova perspectiva: a das pessoas que tiveram um papel-chave ao longo do processo revolucionário e suas decorrências. Pela primeira vez, dirigentes, membros dos serviços de inteligência, diplomatas cubanos, norte-americanos e russos estão reunidos em um único filme para revelar os bastidores do governo de Fidel Castro. Além dos depoimentos, o documentário exibe um vasto acervo de imagens históricas. Estão ali entrevistas, pronunciamentos, cenas de Castro e seus aliados, além de registros dos conflitos e do cotidiano dos moradores da ilha.
A primeira parte do filme, dirigida por Mick Gold, fala da própria revolução e de seus primeiros desdobramentos. Entre eles, a instabilidade política e econômica que se seguiu à reação dos Estados Unidos e a resistência cubana às tentativas de invasão por parte daquele país. E, enfim, o respaldo soviético, tratado como uma forte interferência das potências orientais no Ocidente, em plena Guerra Fria. O filme mostra também o impacto e a influência em outros países, como a Argélia, onde também houve uma guerrilha contra a dominação francesa. “Cuba, com apenas 110 mil km², se comporta quase como uma grande potência”, conta Oleg Darusenkov, diplomata soviético que viveu em Havana, um dos entrevistados do filme. No final da primeira parte, a derrocada do bloco soviético, no início dos anos 1990, marca também o fim de seu respaldo financeiro e militar a Cuba. Abrem-se, então, as portas para a continuação do filme, a ser exibida na semana seguinte, sobre a realidade de escassez de recursos em uma ilha mais desenvolvida que as vizinhas, mas que vive ainda sob embargo econômico. A estreia é na Sexta da Sociedade, 16 de abril, às 23h. Inspirado no livro de Frei Betto, ‘Batismo de Sangue’ relembra horrores da ditadura militar A triste história de Frei Tito de Alencar e outros três frades dominicanos, que se envolvem na luta contra a ditadura militar no Brasil, é o tema de “Batismo de Sangue”. O filme, dirigido por Helvécio Ratton (“Menino Maluquinho”, 1995; “Amor & Cia”, 1998), é inspirado no livro homônimo de Frei Betto, interpretado no filme pelo ator Daniel de Oliveira. Após se envolverem com Carlos Marighella, um dos principais guerrilheiros na resistência contra a ditadura, os quatro religiosos são presos e barbaramente torturados por Sergio Fleury — vivido por Cássio Gabus Mendes —, delegado que se tornara famoso por sua crueldade com os presidiários do DOPS. As sessões de tortura são revividas nas fortes cenas do filme, que mostram o terror dos porões da repressão. Ainda que os quatro tenham sobrevivido, as marcas físicas e psicológicas permanecem e culminam no suicídio de Tito (interpretado por Caio Blat), já no exílio. A exibição é na Quarta do Cinema, 14 de abril, às 20h30. |
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