Minidocumentários destacam a importância do contato com a natureza da primeira infância até a adolescência
Produzidos a partir de depoimentos do filme “O Começo da Vida 2: Lá Fora”, curtas exploram os benefícios da prática para o bem-estar, a saúde e a educação
O acesso à cultura, ao livre brincar, ao lazer e ao contato com a natureza são essenciais para o pleno desenvolvimento de meninos e meninas. Em um país com cerca de 35,5 milhões de crianças – o equivalente a cerca de 17% da população, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018 –, assegurar que todas as crianças tenham e cresçam com essas oportunidades torna-se pauta prioritária na criação de políticas públicas voltadas à infância. Nessa linha, três minidocumentários realizados a partir do filme O Começo da Vida 2: Lá Fora, produzido pela Maria Farinha Filmes, trazem reflexões de especialistas sobre a necessidade de assegurar o convívio com a natureza da primeira infância até a adolescência para um desenvolvimento saudável e equilibrado.
“Os minidocumentários propõem uma reflexão sobre a importância do ar livre durante a infância e contribuem para relembrar a sociedade de que é fundamental devolver às crianças a chance de viver uma infância livre, saudável e rica em natureza, e que essa experiência também é uma forma de cuidar do bem-estar do planeta”, diz Laís Fleury, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e coordenadora do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, instituição patrocinadora do projeto.
O minidocumentário O Começo da Vida 2: Crescendo com a Natureza, oferecido pela Fundação Grupo Boticário, explora a necessidade de conservação do meio ambiente e a transmissão deste valor para as crianças, impactando as futuras gerações. O curta disponível no YouTube da Maria Farinha Filmes, mostra que é preciso se sentir parte da natureza para ter atitudes corretas em relação à preservação, processo que se inicia já no nascimento. Essas reflexões são feitas por especialistas de diversos países, como a antropóloga e primatóloga Jane Googall; o filósofo, professor e escritor Renato Nogueira; a administradora da Reserva Natural Salto Morato, Ginessa Corrêa Lemos; e o professor de psicologia e ciências ambientais na University of Washington, Peter Kahn.
“A natureza faz parte da nossa essência. O contato com áreas verdes é fundamental para nossa saúde e bem-estar. É comprovado que esse tipo de experiência reduz níveis de estresse e depressão. Além disso, melhora a imunidade, a qualidade do sono e estimula a criatividade. Conhecer é o primeiro passo para que possamos respeitar e preservar nosso patrimônio natural”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, outra patrocinadora do projeto.
A chegada inesperada da pandemia da COVID-19 acentuou ainda mais as consequências da privação do contato com a natureza na vida das crianças. O aumento da ansiedade, do déficit de atenção na infância são alguns dos impactos da vida nos grandes centros urbanos em crianças e adolescentes. O minidocumentário O Começo da Vida 2: Saúde e a vida lá fora , oferecido por Oli Saúde e Programa Criança e Natureza, explora esses temas. Sujar as mãos, mexer na terra e ter contato com a natureza aumenta a imunidade e fortalece o sistema de defesa, apontam especialistas como Daniel Becker, sanitarista e ativista pela infância; e Léa Tiriba, professora da Escola de Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
O terceiro minidocumentário, O Começo da Vida 2: Educação ao ar livre, oferecido por A Taba e Programa Criança e Natureza, questiona as metodologias tradicionais, como a disposição dos alunos na sala de aula. Trata-se de uma reflexão sobre como explorar o sensorial, estimular a brincadeira, o contato com outras pessoas e com o ambiente externo. Embora a produção do filme seja anterior à pandemia, as reflexões permanecem válidas para o cenário atual e poderão fazer ainda mais sentido durante a retomada das atividades no pós-pandemia. O curta debate como a escola pode ser ressignificada e evoluir para outros espaços, com depoimento de Léa Tiriba; do filósofo e escritor Tim Gill, um dos nomes mais relevantes do Reino Unido quando o assunto é infância; entre outros.
O filme
O Começo da Vida 2: Lá Fora foi lançado globalmente em novembro de 2020 na Netflix e distribuído pela Flow, uma spin-off da produtora Maria Farinha Filmes. O projeto tem patrocínio do Instituto Alana e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, e apoio Institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard van Leer, Programa Criança e Natureza, Children & Nature Network - C&NN, FEMSA Foundation e United Way.
Serviço:
O Começo da Vida 2 - Lá fora | Mini documentários
YouTube - Maria Farinha Filmes
Sobre Maria Farinha Filmes
Há mais de 10 anos contando histórias com o objetivo de despertar grandes mudanças, a Maria Farinha Filmes já produziu mais de 25 filmes, séries e outros formatos que impactaram milhões de pessoas em todo planeta. A primeira produtora da América Latina a receber o certificado B Corp, desenvolveu projetos como Muito Além do Peso (2012), Tarja Branca (2014), O Começo da Vida (2016), Nunca Me Sonharam (2017), Aruanas (2019), Um Crime Entre Nós (2020) entre outros. A partir da percepção de que algumas mudanças precisam ser aceleradas, foi criada a Flow, uma distribuidora que experimenta novas formas de chegar ao público e realiza campanhas de impacto social que proporcionam caminhos concretos e plurais, fomentando o espírito ativista. Alguns dos destaques de seu portfólio são os documentários A Juíza, indicado ao Oscar em 2019, e Longe da Árvore (2018), baseado no best-seller com o mesmo título - ambos fruto de uma parceria com a Participant Media, produtora americana dedicada a realizar entretenimento que traz consciência social, indicada a 73 Oscars e vencedora de 18 estatuetas.
Sobre Fundação Grupo Boticário
Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou mais de 1.600 iniciativas em todo o País. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.
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