Gamers e cinéfilos: especialista ensina evitar dores em quem passa horas sentado
Na liga profissional de Free Fire, os players jogam
cerca de 3 horas seguidas (Reprodução / Instagram)
Maratonar suas séries favoritas, passar horas jogando um game ou trabalhando são ações comuns a milhões de brasileiros. Seja por diversão ou por profissão, passar muitas horas sentado olhando para um monitor, com o corpo numa mesma posição, pode resultar desde dores físicas até casos de insônia. O fisioterapeuta e PhD em neuroanatomia, Mario Sabha, diz que os danos podem ser variados e afirma: “a melhor postura é aquela que não se repete por tempo prolongado”.
A SS e-Sports Popibank, última campeã da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), tem uma rotina de treinos intensos e destaca que a chave da saúde é a prevenção. “Estamos sempre próximos aos jogadores, acompanhando o seu estado de saúde e as dores que aparecem para que sejam tratadas com um especialista”, aponta o co-fundador e sócio da SS, Rangel Tadeu de Amorim.
No caso da LBFF, em dias de competição, os profissionais passam cerca de 3 horas jogando, sem contar as várias sessões de treino que ocorrem nos dias anteriores, durante a preparação.
Sabha alerta que, principalmente nos momentos de clímax dos games e dos filmes, a tendência é que se contraia a região dos ombros e pescoço, o que aumenta a possibilidade de gerar dores. “É comum que essas pessoas tenham torcicolos e sintam dores na região do meio das costas”, pontua.
Além da postura, a exposição por muito tempo à luminosidade dos monitores pode gerar problemas. “O recebimento de claridade, imagens das telas e as mudanças de frames por segundo ficam dando sinais ao nosso sistema nervoso, que alteram nossas enzimas e hormônios. Isso pode resultar em enxaquecas e dificuldades para dormir”, avalia o especialista.
Fora os problemas físicos e energéticos, o PhD em neuroanatomia destaca o cuidado que se deve ter com a saúde mental. “Alguns podem ficar tão vidrados em seus jogos ou séries que não saem mais do quarto, não conversam e nem interagem, e isso pode ter complicações”, afirma.
Rangel Tadeu, da SS e-Sports Popibank, comenta que além do cuidado físico com toda a equipe, a instituição cuida também do emocional dos jogadores. “Eles têm acompanhamento psicológico todas as semanas, com profissionais que trabalham com os e-Sports e com atletas olímpicos”, diz.
Segunda Sabha, essa precaução com a saúde dos players é essencial. “Eles necessitam de acompanhamento profissional que lhes proporcione um reequilíbrio físico, energético e emocional. Físico, para corrigir a postura e fazer alinhamentos com osteopatia e quiropraxia, eliminando tensões musculares; energético utilizando a medicina oriental, alinhando o sono e a digestão, por exemplo; e emocional para que tenham maior controle nos momentos de clímax, tanto jogadores quanto fanáticos em filmes e séries”, conclui.
Mario Sabha é fisioterapeuta e PhD em neuroanatomia
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