A segunda rodada de recursos do Governo Federal para o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), para socorrer negócios afetados nesta pandemia, está praticamente esgotada. O aporte disponibilizado pelo governo nessa fase soma R$ 12 bilhões. Na anterior, em junho, foram R$ 15 bilhões, que se esgotaram em menos de 30 dias.
No Paraná, mais de 42 mil empreendimentos de pequeno porte conseguiram acessar os créditos do Pronampe, num total de R$ 2,8 bilhões concedidos. Com isso, o Paraná ficou com 9,2% do total de recursos liberados no país, o que representa 9,5% das empresas contempladas em âmbito nacional.
“O prazo mais curto para esgotamento dos recursos confirma que a demanda por crédito no Brasil ainda é grande. Outro fator é que mais bancos estão operando essa linha agora e os valores liberados também são inferiores aos da primeira remessa”, justifica o responsável pelo Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Baptista Guimarães. “Também pesa o fato de que as instituições financeiras já estavam mais preparadas para liberar o dinheiro agora do que estavam na primeira etapa”, completa.
A corrida aos bancos se justifica porque a taxa de juros anual da linha do Pronampe equivale à Selic mais 1,25% ao ano, aproximadamente 0,27% ao mês. O prazo de pagamento de até três anos (36 meses) e o período de carência de oito meses para início do pagamento do financiamento são outros atrativos. Além de Caixa Econômica, Banco do Brasil, Itaú e cooperativas de crédito como Sicoob e Sicredi, nesta segunda fase Bradesco e Santander também passaram a oferecer a linha aos seus clientes.
Para empresários da indústria que não foram contemplados nestas duas remessas do Pronampe, Guimarães orienta que busquem outras opções disponíveis no mercado. “Existem outras linhas de crédito do BNDES e da Fomento Paraná, de microcrédito e capital de giro, com taxas competitivas e bons prazos”, sugere.
Segundo ele, a busca por informações sobre crédito, em virtude do impacto da pandemia, aumentou este ano. Até o fim de agosto o total de consultas ao NAC cresceu mais de 100% comparando com todo o ano de 2019. “A dica para quem precisa de recursos é a mesma. Manter a documentação contábil da empresa sempre em ordem e pesquisar as alternativas”, recomenda.
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