Internautas de Plantão
Diferentes realidades dentro do grupo populacional de jovens e adolescentes é debatido em webinário
Especialistas debatem sobre a população jovem e adolescente e os impactos da Covid-19 na 16ª edição do webinário, População e Desenvolvimento em Debate
(Créditos: Fundo de População da ONU)
Nesta última quarta-feira (12/08), Dia Mundial da Juventude, aconteceu a 16ª edição da série de webinários, População e Desenvolvimento em Debate, promovida pelo Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA) em parceria com a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP). Especialistas de diferentes setores da sociedade foram convidados para debater sobre impactos da pandemia em pessoas jovens e adolescentes. Durante o evento, as convidadas e o convidado chamaram a atenção para as diferentes realidades que existem dentro deste grupo populacional.
Jordana Cristina de Jesus, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, compartilhou estudos que realizou sobre o tempo de uso dos jovens e adolescentes (15 aos 29 anos de idade). Ao analisar os três principais grupos de atividades – estudos, trabalho (ocupação formal, ocupação informal; ocupação sem remuneração, trabalho doméstico sem remuneração e trabalho de cuidados não remunerados) e deslocamento – em diferentes grupos de jovens, concluiu que a média no tempo de uso da juventude no Brasil não representa a realidade. “Precisamos levar em consideração que o Brasil é um país muito desigual, e que a juventude pode experimentar universos totalmente distintos, a depender do grupo sócio-econômico do qual fazem parte”, compartilha Jordana.
O coordenador da Agenda Jovem Fiocruz, André Sobrinho, chama a atenção de que quando se fala em pessoas jovens e adolescentes, existem diferentes distinções do ponto de vista etário, além dos socioeconômicos e históricos. . “A Fiocruz fez um levantamento recente da produção científica sobre juventude e saúde no período de 2006 a 2016, e há muita variação sobre o que é juventude”, analisa André.
“A juventude no Brasil é composta por diversos grupos: populações em situação de rua, população do campo e floresta, população quilombola, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. Cada um desses grupos trazem as suas especificidades de vulnerabilidade social, e, para podermos promover a saúde e direitos humanos e sociais para essa juventude, é preciso observar e entender essas especificidades”, aprofundou a convidada, Andreia Simplicio, assistente social e pesquisadora do Observatório de Saúde da População Negra da UnB.
A mediação do webinário foi realizada pelo jovem Bernardo Mota Lopes, assistente técnico de operações do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil.
Assista esse debate na íntegra
https://www.youtube.com/watch?v=KqjrrVM-fgk
A cada semana, a série “População e Desenvolvimento em Debate” promovida por UNFPA e A cada semana, a série “População e Desenvolvimento em Debate” promovida por UNFPA e ABEP realiza discussões entre academia, governo e sociedade civil sobre temas emergentes na Agenda de População e Desenvolvimento. Na próxima quarta-feira (19/08) o tema será: “População idosa e a pandemia da Covid-19”. Acompanhe no perfil do UNFPA no Youtube: youtube.com/unfpabrasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário