Da paralisia à militância: superação em busca de representatividade
Em autobiografia, escritor paulista Emílio Figueira discute conceitos de Inclusão Social e Educação Inclusiva para dar sequência na missão de ser um divulgador de informações sobre pessoas com deficiência
Por causa de uma asfixia durante o parto, em 1969, Emílio Figueira ficou com sequelas na fala e nos movimentos. Apesar da paralisia cerebral, superou a exclusão social nos primeiros anos de vida e venceu os obstáculos sociais por meio da educação: cursou três faculdades, cinco pós-graduações e dois doutorados. Em O caso do Tipógrafo, Emílio narra de forma descontraída suas construções artísticas e superações ao discutir conceitos de Inclusão Social e Educação Inclusiva.
Verdadeiro legado à inclusão brasileira, a obra é dividida em sete partes. O autor revela desde a exclusão que sofreu durante a Ditadura Militar até suas principais experiências pessoais e acadêmicas. Na sétima parte, em especial, Emílio destaca como é o envelhecimento de pessoas com deficiência em um país que quase nada oferece a deficientes na terceira idade.
Vivíamos uma época que os estudos e técnicas de tratamentos ainda engatinhavam. Por quase cinco anos usei aparelhos em quase todo o corpo para ele endurecer. Pesadas pulseiras de chumbo nos braços para “diminuir” os movimentos involuntários. Lembro-me de seminários com enormes plateias, onde, crianças, éramos colocados só de cueca no palco, o especialista ia nos mostrando e analisando o caso. Assim fiz parte de muitos outros experimentos e pesquisas no início dos anos 1970.
(O caso do Tipógrafo, pág. 24)
(O caso do Tipógrafo, pág. 24)
Foi na adolescência, em meados da década 1980, que Emílio tomou consciência de sua própria deficiência. Começou a escrever seus textos sobre a temática, ler sobre esse universo e realizar suas tímidas pesquisas sobre integração social. Já na década seguinte colaborou com as primeiras publicações brasileiras voltadas exclusivamente ao assunto e definiu qual seria sua principal atividade pelas décadas seguintes: ser um divulgador das informações e novidades que envolvem as pessoas com deficiência.
O Caso do Tipógrafo é leitura para psicólogos, pedagogos, militantes da inclusão social e mais: para todos abertos à empatia e a emoção. Emílio Figueira também é autor de outras obras, como “O homem que amou em silêncio” e “O sopro da opressão”.
Ficha Técnica:
Título: O Caso do Tipógrafo
Autor: Emílio Figueira
ISBN: 978-65-00-03468-4
Páginas: 226
Formato: 23x 16 cm
Preço: R$19,97
Link de venda: https://amzn.to/2AtWQAu e https://bit.ly/3hhp6HE
Título: O Caso do Tipógrafo
Autor: Emílio Figueira
ISBN: 978-65-00-03468-4
Páginas: 226
Formato: 23x 16 cm
Preço: R$19,97
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Sinopse: O Caso do Tipógrafo é a autobiografia de Emílio Figueira, paulistano que nasceu com paralisia cerebral e com sérias causas na fala e movimentos. Conheceu a forte exclusão social em seus primeiros anos de vida e venceu obstáculos sociais e atitudinais por meio da educação. Nestas memórias o autor narra de forma descontraída suas construções artísticas, superações e motivações pessoais ao discutir como pano de fundo conceitos de Inclusão Social, Educação Inclusiva e sua visão dos efeitos positivos de se ter uma deficiência.
Sobre o autor: Por causa de uma asfixia durante o parto, Emílio Figueira adquiriu paralisia cerebral em 1969 e ficou com sequelas na fala e movimentos. Militante das questões referentes às pessoas com deficiência desde a década 1980, nunca se deixou abater por sua deficiência motora e vive intensamente inúmeras possibilidades. Nas artes, no jornalismo, autor de uma vasta produção científica como psicólogo e psicanalista, tendo cinco pós-graduações e dois doutorados. Como escritor tem uma variada obra em livros impressos e digitais, passando de setenta títulos lançados, peças teatrais e roteiros audiovisuais.
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