O Brasil que existe em Nova York.
‘American Dream’. |
Brazzy Jazzy é uma websérie que retrata a história de uma imigrante de classe média brasileira nos Estados Unidos. A segunda temporada estreia agora em julho e quer mostrar um pouco do universo do Brasil, pouco em evidência naquele país.
É raro quem não tenha sentido vontade de ir aos Estados Unidos para viver o famoso ‘American Dream’. Ou até chegou a ir, mas teve uma experiência diferente da que imaginava, e mesmo assim persistiu no sonho. É sobre isso que se trata a websérie Brazzy Jazzy, dirigida pelo americano Steve Becker. Jasmina (Tatyane Meyer), ou Jazzy, é uma garota brasileira de classe média que vai para Nova York sonhando entrar no mundo da moda. Produzida pela Blue Carioca Entertainment, a série tem os seis episódios da primeira temporada disponíveis no Youtube e estreia a segunda temporada, com outros sete episódios no dia 7 de julho.
Jasmina tem uma expectativa em relação a sua vida nos Estados Unidos que se desfaz logo no início da primeira temporada, com poucas semanas da sua chegada aos Estados Unidos. O namorado brasileiro, interpretado pelo ator Kadu de Rosa, - que foi um dos responsáveis por ela dar esse passo para o exterior -, não consegue se adaptar ao clima frio dos Estados Unidos e logo volta ao Brasil, deixando Jazzy para trás. Com isso, ela passa a enfrentar sozinha os obstáculos de construir uma nova vida longe de amigos, familiares, e, claro, do Brasil. No meio de aventuras e situações inusitadas, a história se desenrola, mostrando o processo de adaptação de Jasmina, incluindo os laços que vai construindo com outras mulheres, que também estão lutando por seus sonhos em Nova York.
E não para por aí. Na segunda temporada, a trama traz Jasmina cada vez mais adaptada à Nova York, mesmo com as dificuldades enfrentadas, e determinada a continuar a sua caminhada em busca de novas conquistas. Mostra de perto o processo de emponderamento da personagem com a sua história e a busca por alternativas para sobreviver a essa jornada, chegando a passar por situações que nunca imaginou e até que não desejava, gerando novos conflitos pessoais.
De acordo com a protagonista Tatyane Meyer, a série fala principalmente sobre realização pessoal e profissional. “Jasmina se parece com muitas pessoas que saem do Brasil em busca de um sonho. Essa busca gera movimento e propósito na vida, e esse foi o ponto principal que me conectou à personagem”, diz a atriz, que também já morou por um ano nos Estados Unidos.
O Brazzy Jazzy mostra de uma forma leve e bem-humorada temas importantes de serem abordados quando se é imigrante nos Estados Unidos, tais como dificuldade de se comunicar e de criar laços, confrontos culturais, preconceitos e barreiras para conseguir trabalho. De acordo com o diretor Steve Becker, que morou seis anos no Rio e é casado com uma brasileira, o objetivo da produção é mostrar os desafios enfrentados por todos, especialmente os imigrantes, que lutam pelo sonho americano, bem como a paixão que os brasileiros levam para Nova York. Segundo estimativas do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), há pelo menos um milhão e trezentos mil brasileiros morando naquele país (dados de 2014) e, segundo Becker, não há programas sobre a vida brasileiro-americana na TV. “A série tem também como objetivo apresentar o universo brasileiro e suas nuances, ressaltando diferenças em relação a outras culturas latino-americanas, que são mais trabalhadas pela mídia”, diz ele.
Sobre Steve Becker
É um escritor, diretor e produtor que trabalhou em projetos em Nova York, Los Angeles, Brasil e Europa. Aperfeiçoou-se em universidades como Syracuse e Universidade de Nova York, NYU. Seu primeiro projeto autofinanciado foi o Manhattan Minutiae, uma comédia romântica de rock & roll, que está no Amazon. Steve ainda filmou um programa de TV piloto baseado nesse filme, bem como uma série de comédia na web, a Brazzy Jazzy.
Sobre Tatyane Meyer
Formada em artes cênicas, atuou em vários projetos dentro e fora do Brasil. Com diversas participações em novelas da Globo, séries e filmes, atualmente também se dedica ao Carnaval e ao seu grupo de pesquisa em arte contemporânea NAI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário