Os encontros e desencontros na vida de um advogado
Livro do escritor carioca Alper Tadeu Alves Pereira retrata as desventuras de Ricardo Santos pelos bastidores do poder
Os bastidores do poder na visão de um advogado e sua busca pelo autoconhecimento em um mundo de aventuras e desventuras. Assim é retratada a vida de Ricardo Santos em Marte morreu porque os marcianos quiseram. A obra lançada pela Chiado Books é assinada pelo escritor Alper Tadeu Alves Pereira.
A história começa quando jovem, Ricardo é expulso de casa pelo pai opressor e inicia sua jornada. Entre tropeços e acertos, o enredo mostra as dificuldades, as alegrias e as experiências as quais o advogado é submetido, envolto a uma trama repleta de personagens caricatas de índole discutível.
“Brasília. Em uma segunda-feira chuvosa, embarquei rumo ao centro do poder com o dr. Cabreiro a tiracolo, cujo ar pesado demonstrava que as revelações da vida pessoal e do comportamento compulsivo tinham sido demasiadamente íntimas para o estagiário que ele mal conhecia, mas era obrigado a suportar por encargo profissional. (Marte morreu porque os marcianos quiseram, p. 58)
A obra é uma pequena amostra de como a vida, que é uma dádiva, vai enfraquecendo a chama, justamente porque muitos não se dão conta que o cotidiano é mola mestre para o acaso. E que mergulhar de cabeça no mundo material, sem refletir que, em um dado momento, é preciso puxar o freio de mão para evitar a própria aniquilação, pode desaguar em angústia existencial.
Mais uma vez a vida lançava um desafio me tirando da zona de conforto para que eu corrigisse pela enésima vez a rota de voo, a fim de desviar das nuvens monolíticas ameaçadoras. (Marte morreu porque os marcianos quiseram, p. 143)
Mesmo diante da falta de escrúpulos e de toda a miséria revelada, Ricardo Santos encontra também pessoas altruístas, que são luz no caminho enquanto perambula pelos meandros da vida. Altos e baixos que levam o herói ao encontro de contas consigo mesmo e, o leitor, a recuperar o fôlego após refletir – e rir – sobre os assuntos mais densos da sombra humana.
Ficha técnica:
Título: Marte Morreu Porque os Marcianos Quiseram
Autor: Alper Tadeu Alves Pereira
ISBN: 978-989-52-6288-5
Editora: Chiado Books
Páginas: 254
Altura: 22 cm
Largura: 14cm
Preço: R$ 39,00
Link de compra: http://bit.ly/2RbltGU
Título: Marte Morreu Porque os Marcianos Quiseram
Autor: Alper Tadeu Alves Pereira
ISBN: 978-989-52-6288-5
Editora: Chiado Books
Páginas: 254
Altura: 22 cm
Largura: 14cm
Preço: R$ 39,00
Link de compra: http://bit.ly/2RbltGU
Sinopse: A obra quase que psicografada é uma torrente emocional pelos corredores do Poder, retratando as desventuras do Advogado Ricardo Santos, um misto de Macunaíma, solto na Selva Urbana, que se enreda por completo nas tramas do Mundo Material. Tal qual um anjo caído, após ser expulso de casa por seu pai repressor, personificação da classe média da zona sul carioca, adepto da tradição, propriedade e família, inicia sua jornada em um mundo recheado de personagens de má índole, canalhas, charlatões e viciados, para compreender que há esperança na humanidade, pois, mesmo diante de toda a miséria revelada, encontra também pessoas altruístas que são luz no caminho enquanto perambula pelos meandros da vida. A escalada ao topo da pirâmide social, compreendendo o sistema de freios e contrapesos, leva o herói ao encontro do seu destino, cujo desfecho será um encontro de contas consigo mesmo, cercado por todos aqueles que contribuíram, para o bem ou para o mal, à sua completa (de) formação como Homem. O título do livro embora apocalíptico, como se derivasse de ciências ocultas, nada mais é do que a revelação metafísica da descoberta que marcianos somos todos nós (apesar de não ser um tratado extraterrestre, pelo contrário, e nem alinhado às teorias da conspiração) e que o Planeta Marte, que é a nossa própria vida, pode muito bem ser objeto de construção ou total destruição (não é autoajuda também!), pois, basta enveredarmos para um dos dois caminhos (sem ser maniqueísta ou fatalista!).
Sobre o autor: Alper Tadeu Alves Pereira nasceu em 1968, no Rio de Janeiro. Advogado navegando à deriva em um mundo de sombras e tons de cinza, sempre teve nas artes o refúgio para a desesperança, sobretudo ao lidar com a vaidade e ambições desmedidas. A imaginação, combustível que alimenta o universo em que orbita, é o seu maior aliado, enquanto a jornada não se encerra.
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