quarta-feira, 4 de março de 2020

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JÚLIA FORTINI, CAMPEÃ BRASILEIRA DE BREWERS, SE PREPARA PARA REPRESENTAR O BRASIL NO CAMPEONATO MUNDIAL, QUE SERÁ NA AUTRÁLIA, EM MAIO.

BARISTA MINEIRA INICIA A PREPARAÇÃO COM TREINAMENTO NA DINAMARCA E VIAJA PELO BRASIL E ETIÓPIA PARA SELECIONAR SEU CAFÉ
A Academia do Café é referência no setor em todo o Brasil, com produtos selecionados, cursos e iniciativas que contribuem para a valorização da cultura cafeeira. E Júlia Fortini, que está entre os sócios do projeto, provou mais uma vez sua expertise. Ela foi a vencedora do Campeonato Brasileiro de Brewers Cup, competição que valoriza a habilidade do preparo de cafés filtrados, e já está em treinamento para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Brewers, que acontece em maio deste ano na Austrália.
Após ter desclassificado outros 25 candidatos brasileiros e levado para a Academia do Café o prêmio, utilizando um café que ela mesma escolheu e torrou, se sobressaindo na técnica, Júlia Fortini já se prepara para o Mundial que integra a programação da feira Melbourne International Coffe Expo (MICE). “É uma competição muito séria. Para a seletiva no Brasil, treinei por cinco meses, com um treinador especialista e auxiliares. Agora será a hora de disputar com os melhores do mundo”, explica.
Neste momento, a especialista está em processo de escolha do café. “Quero dar prioridade para um café brasileiro. Por isso, vou visitar várias fazendas do sul de Minas Gerais e do Cerrado, já visitei a Mantiqueira de Minas e provei cafés do Caparaó”, explica Fortini. Embora a preferência seja pelo grão nacional, ela também pretende conferir algumas fazendas na Etiópia, local de origem do café que foi servido e rendeu o ouro no nacional.
Em fevereiro, o destino é a Dinamarca, onde vive o seu treinador, Patrik Rolf, com quem irá praticar sua performance para o Mundial. Além do treinamento diário, Julia Fortini também vai acompanhar um campeonato nacional no país e conferir outras competições na Europa, para ver o que é tendência e preferência no cenário atual.


Embora o sabor é sempre o que chama a atenção das pessoas, tudo é levado em consideração na avaliação dos jurados. Desde a forma que o candidato apresenta o café, o método, o café escolhido, o jeito de fazer e até se a estação de trabalho está limpa durante o processo. É necessário conquistar os juízes sensoriais, mas também há pontuação por cada momento do preparo, acompanhado de perto por um juiz técnico.
Além da experiência na Academia do Café, onde atua desde 2011, Júlia Fortini é a 5ª geração de uma família de produtores cafeeiros. Trabalhou em cafés nos Estados Unidos e em Barcelona e também está envolvida na importação de cafés brasileiros especiais para os EUA.
A Academia do Café também coleciona outros prêmios. Ela já foi considerada pela Prazeres da Mesa a melhor cafeteria do Brasil, foi celebrada pela Veja Comer & Beber e já recebeu diversos méritos pelo trabalho desempenhado.

Sobre a Academia do Café
A Academia do Café surgiu em 2011 como um espaço onde fosse possível educar os produtores de café sobre a qualidade do que era produzido e como melhorar. A partir de então, outras necessidades surgiram, desde a oferta de curso de baristas à apreciação de cafés especiais. O resultado, é a união, em um só lugar, de tudo aquilo que profissionais, comerciantes e amantes do café precisam.
Pioneira como espaço de treinamento do ramo e cafeteria de cafés especiais, a Academia é ainda, um laboratório onde é possível avaliar e selecionar lotes especiais que serão fornecidos para o mercado interno e externo.
As duas unidades de cafeterias da Academia do Café oferecem exclusivamente cafés brasileiros, de pequenos e grandes produtores do Brasil, sendo 70% de produção própria. São oferecidos vários métodos de preparo para os clientes e é executado um trabalho de formação de público para o conhecimento e apreciação de cafés especiais.
Coordenada por Bruno Souza, quarta geração de uma família produtora de café, primeiro brasileiro licenciado Q Grader e presidente da BECCOR, importadora americana de cafés especiais brasileiros e da Academia do Café Netherlands, importadora europeia de cafés especiais. A ida de Bruno para os Estados Unidos em 2002 aumentou a percepção de que era necessária a recuperação da imagem do café brasileiro no exterior e a importância de se propagar conhecimento aos produtores

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