Artigo médico: Praias impróprias e o risco à saúde
*Por Dr. Marcelo Levites
A estação mais quente do ano se aproxima e com ela as férias e as viagens. Destino preferido da maioria das pessoas, as cidades litorâneas recebem milhares de visitantes que buscam sua principal atração: as praias. E como muitas vezes algumas dessas cidades não possuem estrutura de saneamento que comporte um número tão acima de sua população local, o mar acaba recebendo uma alta quantidade de dejetos e, por sua vez, a água torna-se imprópria para banho. Mas como é possível saber se a praia está segura para que todos se divirtam com saúde?
Para ter esse cuidado, é preciso procurar as bandeiras distribuídas nas praias pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). O órgão, que também disponibiliza a consulta da balneabilidade pela internet, é responsável pela análise da água, identificando a densidade de bactérias fecais presentes nas amostras durante cinco semanas consecutivas. Se a bandeira estiver verde, a diversão está garantida, mas se estiver vermelha, todo cuidado é pouco.
Quando a bandeira estiver sinalizada em vermelho, deve-se evitar tanto o contato com a água quanto com a areia, principalmente por crianças e idosos, que costumam apresentar imunidade mais baixa. Nessas condições, a contaminação é praticamente certa, pois a presença de microrganismos nocivos é muito alta. Os principais problemas causados pela água imprópria são a gastroenterite, a hepatite A, as micoses e a conjuntivite.
A gastroenterite, popularmente conhecida como “virose”, é a mais comum das doenças transmitidas pela água contaminada. Em geral, as pessoas apresentam episódios de vômitos, diarreia, cólicas, febre e, às vezes, sangue nas fezes. Os sintomas duram, em média, de dois a cinco dias e não há tratamento específico, apenas cuidados, como manter a hidratação e o repouso.
Já a Hepatite A é um pouco mais complicada, pois é causada por um vírus que inflama o fígado. Entre duas a quatro semanas após o contágio, aparecem sintomas como: dores nas articulações, no abdômen ou nos músculos, fadiga, febre baixa, perda de apetite, vômitos, náuseas, diarreia e em alguns casos, coceira, pele e olhos amarelados, perda de peso e urina escura. Em casos muito raros, ela pode levar a óbito, o que chamamos de hepatite fulminante ou aguda grave. Todo tratamento deve ser feito com orientação médica.
As micoses são infecções causadas por fungos, que normalmente acometem a pele ou as unhas. Os sintomas variam, mas em geral causam coceira, vermelhidão e descamação na pele. Para casos de micose na pele, o tratamento é feito, normalmente, com um creme ou medicamento tópico. Se a micose atingir as unhas, o tratamento é um pouco mais extenso e requer acompanhamento.
A conjuntivite, inflamação que atinge os olhos, na maior parte dos casos é causada por vírus e pode acontecer por meio da água contaminada. Os principais sintomas são vermelhidão, coceira, inchaço e secreções, que podem ser tratados com uso de colírios, específicos para cada caso.
Por isso é preciso cuidar da saúde, mesmo nos momentos de diversão. Afinal, ninguém quer antecipar o final das férias, principalmente, por um problema de saúde, não é mesmo? Ao apresentar qualquer um dos sintomas descritos acima, procure um médico o quanto antes.
* Dr. Marcelo Levites é médico clinico geral do Grupo Trasmontano.
Para ter esse cuidado, é preciso procurar as bandeiras distribuídas nas praias pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). O órgão, que também disponibiliza a consulta da balneabilidade pela internet, é responsável pela análise da água, identificando a densidade de bactérias fecais presentes nas amostras durante cinco semanas consecutivas. Se a bandeira estiver verde, a diversão está garantida, mas se estiver vermelha, todo cuidado é pouco.
Quando a bandeira estiver sinalizada em vermelho, deve-se evitar tanto o contato com a água quanto com a areia, principalmente por crianças e idosos, que costumam apresentar imunidade mais baixa. Nessas condições, a contaminação é praticamente certa, pois a presença de microrganismos nocivos é muito alta. Os principais problemas causados pela água imprópria são a gastroenterite, a hepatite A, as micoses e a conjuntivite.
A gastroenterite, popularmente conhecida como “virose”, é a mais comum das doenças transmitidas pela água contaminada. Em geral, as pessoas apresentam episódios de vômitos, diarreia, cólicas, febre e, às vezes, sangue nas fezes. Os sintomas duram, em média, de dois a cinco dias e não há tratamento específico, apenas cuidados, como manter a hidratação e o repouso.
Já a Hepatite A é um pouco mais complicada, pois é causada por um vírus que inflama o fígado. Entre duas a quatro semanas após o contágio, aparecem sintomas como: dores nas articulações, no abdômen ou nos músculos, fadiga, febre baixa, perda de apetite, vômitos, náuseas, diarreia e em alguns casos, coceira, pele e olhos amarelados, perda de peso e urina escura. Em casos muito raros, ela pode levar a óbito, o que chamamos de hepatite fulminante ou aguda grave. Todo tratamento deve ser feito com orientação médica.
As micoses são infecções causadas por fungos, que normalmente acometem a pele ou as unhas. Os sintomas variam, mas em geral causam coceira, vermelhidão e descamação na pele. Para casos de micose na pele, o tratamento é feito, normalmente, com um creme ou medicamento tópico. Se a micose atingir as unhas, o tratamento é um pouco mais extenso e requer acompanhamento.
A conjuntivite, inflamação que atinge os olhos, na maior parte dos casos é causada por vírus e pode acontecer por meio da água contaminada. Os principais sintomas são vermelhidão, coceira, inchaço e secreções, que podem ser tratados com uso de colírios, específicos para cada caso.
Por isso é preciso cuidar da saúde, mesmo nos momentos de diversão. Afinal, ninguém quer antecipar o final das férias, principalmente, por um problema de saúde, não é mesmo? Ao apresentar qualquer um dos sintomas descritos acima, procure um médico o quanto antes.
* Dr. Marcelo Levites é médico clinico geral do Grupo Trasmontano.
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