Crédito: Joel Rocha / Turismo Paraná
Com a chegada do fim do ano e verão, milhares de pessoas ocupam as praias brasileiras e aproveitam o período de folga com suas famílias e amigos. Apesar de ser um período de férias e diversão, é importante que os turistas se preocupem com o lixo que produzem e descartam, uma vez que o consumo também cresce. A preocupação está não somente em manter um ambiente mais limpo e agradável a todos, mas em evitar prejuízos que podem ser irreversíveis para o meio ambiente e até mesmo para a saúde das pessoas.
Segundo o consultor técnico em meio ambiente do Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR), Elcio Herbst, todos os tipos de resíduos descartados em locais inadequados podem ser prejudiciais, mas ele destaca os malefícios dos resíduos de plásticos e microplásticos no oceano. “O movimento das marés se encarrega de engolir todos os rejeitos e resíduos presentes na areia e grande parte dos seres vivos acabam ingerindo estas partículas, provocando a morte de diversas espécies”, explica.
Para evitar a poluição das praias e oceanos, Elcio destaca que é importante evitar embalagens e levar para as praias somente o que for necessário. Ele também fornece quatro dicas que podem ser importantes para os turistas nesse período de férias. Confira:
1. Ajude a limpar a praia
Cada veranista pode adotar a prática diária de retirar e depositar em lixeiras apropriadas pelo menos 5 resíduos encontrados na praia. “Trata-se de uma prática simples que pode se tornar um hábito e fazer toda a diferença se pensarmos em outras pessoas com esse mesmo propósito”, afirma.
2. Resíduos críticos não devem ir para o lixo comum
Os veranistas podem observar em farmácias e supermercados se há PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) para a captação e destinação de resíduos críticos como pilhas e baterias.
3. Mesmo nas férias, separe!
Nas residências, os turistas podem praticar a coleta seletiva, colocando os resíduos recicláveis para aproveitamento. A coleta pode ser realizada pela Prefeitura, com os serviços de coleta municipal e por meio da importante atuação das associações e cooperativas de catadores.
4. Mutirão, por que não?
Para aqueles que tiverem interesse em se aprofundar nessa questão vale a pena procurar e participar de mutirões de limpeza e ações de conscientização para a importância desse assunto. Empresas e o poder público também podem participar, incentivando esses eventos. “Eles podem disponibilizar pessoal, materiais de apoio ou auxiliando financeiramente para a execução dos projetos. Necessitamos de melhor infraestrutura nas ilhas e continente, no tocante a lixeiras apropriadas, orientação, transporte e principalmente destinação adequada”, explica Elcio.
Entre algumas dessas iniciativas estão o mutirão da baía de Guaratuba, realizado há mais de 12 anos pelo Instituto Guaju, e que já ajudou a retirar milhares de resíduos das águas paranaenses, além de engajar a sociedade para a importância da limpeza das praias.
Essa é uma das ações apoiadas pelo InPAR, que busca incentivar a educação ambiental e estimular a correta destinação dos mais diferentes tipos de resíduos, além de também realizar parcerias com associações de catadores. Recentemente, o instituto disponibilizou equipamentos para a Associação de Catadores Nova Esperança, na Ilha Valadares, em Paranaguá, o que resultou em melhorias na produtividade, segurança para os trabalhadores e com isso possibilita maior absorção e processamento dos resíduos.
Sobre o InPAR
O Instituto Paranaense de Reciclagem (InPAR) é uma instituição que tem o propósito de operacionalizar um sistema de logística reversa de embalagens pós-consumo, visando atender às determinações impostas pela legislação vigente no âmbito estadual e federal. Fundado por seis sindicatos industriais (Sincabima, Sindicarne, Sindiavipar, Sinduscafé, Sinditrigo e Sipcep), com o apoio da Fiep, o Instituto possui 37 associadas de diferentes segmentos da indústria.
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