Crédito: Andressa Miretzki / Inove Foto
Mais de 1000 pessoas estiveram presentes nos dias 22 e 23, no Parque Cachoeira, em Araucária, para a 1ª edição da Arena Internacional da Inovação, evento que trouxe pela primeira vez à cidade representantes de empresas, especialistas e profissionais nacionais e internacionais para discutir o tema da inovação e biotecnologia. O evento faz parte das ações do Avançaraucária, Conselho de Desenvolvimento Econômico que reúne diversas entidades públicas e privadas com o objetivo de materializar as diretrizes estratégicas que foram criadas numa visão de futuro para 2040.
Durante os dois dias o público pode conferir palestras com importantes nomes relacionados à inovação e biotecnologia, cases de indústrias de peso como AI Engenharia, Valmet, Greca Asfaltos, CSN, Tecverde, Gelopar, AAM e Novozymes e debates sobre temas como segurança de dados, tecnologia, mídia, preservação da biodiversidade, sustentabilidade, indústria 4.0 e o papel da diversidade no mercado de trabalho. Especialistas também discutiram como a inovação pode ser aplicada a áreas específicas: agronegócio, biotecnologia, engenharia e construção, infraestrutura, energia, indústria, entre outras. Além disso, empresas, startups, universidades e escolas também puderam expor suas soluções e produtos ao público.
O consultor do Sebrae/PR, Vinícius Milani, explicou que Araucária merecia receber um evento que reunisse diferentes atores do cenário econômico para que a cidade possa se desenvolver ainda mais. “Nós oferecemos conteúdos de alta qualidade para mostrar que a inovação pode estar ao alcance de todos. Estamos investindo nessa atuação conjunta entre o poder público, o setor produtivo, as universidades e a sociedade civil organizada para que esse ecossistema de inovação da cidade seja mais estimulado”, explica ele.
Crédito: Andressa Miretzki / Inove Foto
Entre os projetos de destaque anunciados durante o evento estava o de transformação do do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) em um espaço para o desenvolvimento de soluções voltadas para inovação e biotecnologia. A estrutura que será instalada em parceria com o Sebrae/PR e a Prefeitura de Araucária, deve receber empresas voltadas para a produção de soluções e tecnologias especializadas com participação da academia e de órgãos públicos. “O estado é uma das alavancas para esse desenvolvimento e abre as portas para a execução. Nesse processo, construímos um ambiente de debate que conta com a participação da sociedade e que oferece um retorno para a sociedade”, afirma o diretor tecnológico do Tecpar, Rafael Rodrigues.
Palestras
O público pode conferir palestras que colaboraram para produzir reflexões e instigar a respeito do papel da inovação na sociedade. O professor e estudioso da cultura digital Gil Giardelli mostrou algumas das principais inovações que estão chegando ao mercado em diversas áreas e explicou que “as inovações não vão acabar com os empregos, vão modificar muitas profissões e novas oportunidades que não imaginamos ainda chegarão ao público”. Ele ainda exibiu um robozinho capaz de interagir e produzir ações humanas para a plateia.
Já Roberto Alvarez, diretor executivo do Global Federation of Competitiveness Councils (GFCC), destacou a democratização do acesso à inovação, à abertura de empresas e à criação de novos produtos e soluções a um baixo custo. “Hoje criamos coisas que nunca imaginaríamos que fosse possível há poucos anos. A inovação é o único caminho para que os países se desenvolvam mas isso significa tornar a tecnologia acessível para o mercado e para todas as pessoas”, reforçou.
Soluções
O evento ainda mostrou ao público algumas iniciativas locais que podem impactar positivamente a sociedade. Esse é o caso do Autismobô, um projeto do Colégio Metropolitana, de Araucária. O projeto visa estimular que alunos autistas possam, através de um contato com um robô, desempenhar suas atividades de maneira mais eficiente, oferecendo recompensas e um acompanhamento de desempenho contínuo. A utilização de uma pulseira também colabora para a realização de atividades físicas e manuais. “Queremos estimular o desenvolvimento desses alunos com um produto que ofereça uma experiência agradável e estimulante a eles. Já exibimos o robô em algumas feiras e foi muito elogiado. Nosso objetivo é conseguir comercializar e ajudar o máximo de crianças possíveis no futuro”, explica Caroline Oliveira, uma das idealizadoras da solução.
Crédito: Andressa Miretzki / Inove Foto
Também do Colégio Metropolitana estavam quatro alunas entre o sexto e o nono ano do ensino fundamental que desenvolveram robôs de Lego para levar ensinamentos sobre o bullying para estudantes de primeiro a quinto ano. As alunas realizam dinâmicas e atividades que, segundo elas, têm como objetivo estimular os alunos a falar sobre o assunto com outras crianças, pais e professores e desestimular a prática. “Já apresentamos para mais de 200 alunos e já colaboramos para que interajam mais entre si, melhorem seus comportamentos e evitem situações prejudiciais a outras pessoas. Foi muito legal e o pessoal adora a gente”, afirma Heloisa Malinoski, uma das criadoras do projeto.
O público presente no evento elogiou a organização e a qualidade dos conteúdos apresentados. A contadora Michele Teixeira quer abrir o seu próprio negócio e buscou as palestras para se inspirar. “Estou um pouco perdida em como abrir a minha empresa e vejo como é importante se atualizar e conhecer mais sobre o mercado. Aprendi muito aqui e vou levar conhecimento para a minha vida profissional”, disse.
Já Gianna Surek é formada em biotecnologia e está trabalhando em outra área. Ela buscou o evento para conhecer as novidades da área e procurar novos caminhos para a sua carreira. “Vim para abrir meus horizontes. Vejo que existe um amplo campo de atuação na minha profissão e, com o evento, tive a oportunidade de conhecer novidades e novas possibilidades relacionadas à inovação. Acho que deve me ajudar muito e acredito que isso pode ajudar para diversas outras carreiras também”, exalta. |
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