sábado, 30 de novembro de 2019

Documentário sobre HIV e AIDS no Brasil chega na Netflix, Now, Vivo Play e Oi Play para celebrar o Dia Mundial Contra a AIDS e o Dezembro Vermelho.




Carta para Além dos Muros reconstrói a história da epidemia no país e
revela que a AIDS é um viés do genocídio da população negra.




Depois de passar pelos cinemas de 13 capitais do país, CARTA PARA ALÉM DOS MUROS chega na Netflix, Now, Vivo Play e Oi Play no Dia Mundial Contra a AIDS, com o objetivo de ampliar o acesso ao documentário, que narra a trajetória da epidemia que escancarou ignorância e preconceitos. Dirigido por André Canto, o filme investiga o estigma e a discriminação como produtos de uma sociedade que insiste em manter marginalizadas as pessoas que vivem com HIV - até hoje, passados mais de 30 anos, muitas ainda enfrentam situações de medo, insegurança e exclusão. A obra chama a atenção para, entre outras coisas, o viés do genocídio da população negra.
Morrem, por ano, no Brasil, mais de 11.500 pessoas em decorrência da AIDS, e constata-se uma prevalência absoluta entre a população negra, mostrando que esta parcela da população, por estar dentro de vários círculos de exclusão, como a dificuldade de acesso ao sistema de saúde, é a mais atingida pela epidemia.
O documentário, o primeiro do gênero a refazer a cronologia do HIV e da AIDS no país, encabeça o projeto #PrecisamosFalarSobreIsso, que também conta com uma série documental para a TV e um livro-reportagem que relatará todo o processo de sua pesquisa e realização.
No filme, o jovem Caio conta sobre quando descobriu que vive com HIV, momento a partir do qual teve que enfrentar seus próprios fantasmas, além do preconceito da família e da sociedade. Usando o depoimento de Caio como fio condutor, o filme passa a intercalar imagens de arquivo e entrevistas com médicos, pessoas que vivem com HIV, ativistas e figuras públicas, não só para contar a história do HIV e da Aids no Brasil, mas também para investigar o processo de construção do preconceito e estigma que ainda hoje recaem sobre Caio e todas as pessoas que vivem com o vírus – que vão desde a denominação da doença como “peste gay” na época do seu surgimento, passando pela classificação estigmatizante de "grupos de risco", até o sensacionalismo de parte da imprensa, além dos julgamentos morais e religiosos no desenrolar da epidemia.


O Dr. Dráuzio Varella encabeça a lista de 36 pessoas que dão depoimento no filme. Além dele, os ex-ministros da Saúde José Serra e José Gomes Temporão, a cineasta e ex-VJ Marina Person, a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, e os médicos Ricardo Tapajós, Rosana Del Bianco e Valéria Petri, que identificou o primeiro caso de Aids no Brasil, expõem os motivos pelos quais a impressionante evolução na resposta médica e científica ao HIV não veio acompanhada de uma mudança de mentalidade e de preconceitos em relação à infecção.
O Dia Mundial contra a AIDS (que acontece em 1º de dezembro), foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987.O Brasil desde 2017, celebra  também o Dezembro Vermelho, um mês inteiro com o objetivo de promover a conscientização nacional sobre prevenção ao HIV e à AIDS. Durante esse período o filme “Carta Para Além do Muros” será exibido também em diversas sessões especiais pelo país, confira o serviço aqui.


Sobre o diretor André Canto
“Cartas para além dos muros”, é a primeira direção de André Canto, produtor executivo especializado em documentários, desenvolveu mais de vinte projetos dessa linguagem, acompanhando todos, do argumento ao corte final. Trabalhou com vários dos principais cineastas brasileiros entre eles: Di Moretti, Kátia Lund, Laís Bodanzky, Lina Chamie, Luiz Bolognesi e Ugo Giorgetti, em trabalhos documentais para cinema e TV.

Sobre o Projeto #PrecisamosFalarSobreIsso
O olhar crítico sobre o passado e a compreensão do processo de elaboração de valores pela sociedade sobre o Hiv e Aids são os pontos de partida para o desenvolvimento do projeto socioeducativo “#PrecismosFalarSobreIsso”.
Projeto multilinguagens, focado em comunicação, na entrega informações e ferramentas essenciais para que as pessoas possam gerenciar sua prevenção a ISTs em geral e concomitantemente desmistificar o grande tabu da Aids.
Através das Redes Sociais e de Projetos Artísticos, “#PrecisamosFalarSobreIsso” quer falar de forma simples e responsável com jovens e adultos de todas as idades.


Carta para Além dos Muros nas redes sociais:
 
CARTA PARA ALÉM DOS MUROS
Brasil, 2019, 93 min, classificação indicativa 12 ANOS
direção: André Canto
 
montagem: Ricardo Farias
roteiro: André Canto, Gabriel Estrela, Gustavo Menezes e Ricardo Farias
direção de fotografia: Carlos Baliú
trilha original: Roberto Prado
edição de som: Camila Mariga e Cauê Custódio
mixagem 5.1: Rodrigo Ferrante
som direto: Rafael Alves Ribeiro
motion design: Rafael Terpins
supervisão de pós-produção: José Francisco Neto, ABC
color grading: Ely Silva, ABC
consultoria técnica: Ricardo Vasconcelos
direção de produção: Larissa Barbosa
produção executiva: André Canto e Gustavo Menezes
coprodutores: Gabriel Miziara e Gustavo Menezes
produtor associado: Marcos Arzua Barbosa
produzido por: André Canto

PROACSP | produção CANTO PRODUÇÕES | patrocínio ÍTACA | coprodução MENEZES PRODUÇÕES E MIZI PRODUÇÕES | parceria institucional UNAIDS | apoio MERCURY PHOENIX TRUSTHI TECHNOLOGIES; DOT; INNSAEI; ESTÚDIOS QUANTA e DIGITAL 35 | realizaçãoGOVERNO DE SÃO PAULO; BRDE; FSA; ANCINE

Sinopse: Carta para Além dos Muros reconstrói a trajetória do HIV e da AIDS, com foco no Brasil, por meio de entrevistas com médicos, ativistas, pacientes e outros atores, além de farto material de arquivo. Do pavor inicial às campanhas de conscientização, passando pelo estigma imposto às pessoas vivendo com HIV, o documentário mostra como a sociedade encarou essa epidemia em sua fase mortífera ao longo de mais de duas décadas. Com base nessa abordagem histórica, o filme trata do modo como o HIV é encarado na sociedade atual, revelando um quadro de desinformação e preconceitos persistentes, que atingem sobretudo as populações historicamente mais vulneráveis ao vírus.

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