Nós, jovens, queremos mais
Por Ana Beatriz Brandão*
A decisão de um afeta diretamente a vida de todos. A juventude mostra a sua força nos movimentos contra o racismo e a homofobia, assim como no crescimento do feminismo. Mas é preciso ocupar os cargos públicos para que a mudança aconteça. Nesse sentido, temos as esperanças renovadas, pois 29% dos jovens de 16 a 25 anos têm interesse em concorrer a algum cargo nas eleições de 2020, segundo dados levantados pelo Datafolha. Sim, é o começo de uma longa jornada, pois esta é uma luta contra centenas de anos de opressão às minorias.
Pessoalmente, acredito que a literatura é uma grande aliada nesse processo. No fundo, todas as histórias têm sempre um toque de realidade e ajudam a compreender o mundo. No meu último livro, “Entre a Luz e a Escuridão”, da trilogia “Sob a Luz” – publicada pela Verus, do Grupo Editorial Record –, procurei fazer de um cenário de distopia um grito político. Nele, mostro duas formas de governo: uma com o Instituto, que controla o mundo de forma ditatorial e massacra quem foge do padrão estabelecido; outra, com uma sociedade democrática, onde guerrilheiros buscam a melhoria da qualidade de vida para todos. O primeiro cenário reflete um pouco do que o Brasil e os Estados Unidos vivem hoje.
Assim como na literatura, onde o grito político foi um agente de mudanças, nós também devemos ter uma nova postura perante à sociedade. Este é um importante espelho para todos os jovens. Isso mostra que a transformação está dentro de cada um de nós. Se cada pessoa tiver a consciência de que suas ações individuais afetam o coletivo, o mundo mudará rapidamente. O jovem, que sempre foi importante nas grandes transformações históricas, hoje tem ainda mais consciência dessa coletividade, e luta por um mundo melhor. Eu acredito nisso e, por meio da literatura, tenho feito minha parte. Façamos isso juntos.
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