domingo, 18 de agosto de 2019

Instituto de Arte e Comunicação Social / UFF
Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense realiza o 4º Festival de Cinema do BRICS, em cooperação com a Prefeitura de Niterói.
(Foto: arquivo/sede do Instituto de Arte e Comunicação Social)
Júri internacional da Mostra Contemporânea do 
4º Festival de Cinema do BRICS já está escolhido
Dez filmes participarão da mostra competitiva, que contará também com
votos do júri popular, entre os dias 7 e 10 de outubro 

                A Mostra Contemporânea do 4º Festival de Cinema do BRICS será composta por dez filmes, sendo dois de cada país do grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O júri internacional, que terá como missão eleger o melhor filme, já está escolhido.
Foram convidados cinco críticos e especialistas em cinema e audiovisual: Martin Botha, da África do Sul (que também dará o curso de história do cinema sul-africano a ser ministrado durante o festival); Qin Xiqing, da China; Rita Dutta, da Índia; Kirill Razlogov, da Rússia, e Susy Freitas, do Brasil.





A formação do júri foi realizada em parceria com a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), instituição criada em 2011, que representa centenas de críticos de vários estados do país, e contou também com o apoio institucional da Fipresci (Fédération Internationale de la Presse Cinematographique), associação mundial de críticos de cinema, que conta com representação em 50 países.

O Júri
Martin Botha / África do Sul
Martin Botha é professor associado no Centro de Estudos de Cinema e Mídia da Universidade da Cidade do Cabo e um dos maiores especialistas em cinema sul-africano. Publicou mais de 200 textos sobre cinema e mídia do país e é autor de seis livros: Images of South Africa: the rise of the alternative film (1992), Movies Moguls Mavericks: South African cinema: 1979-1991 (1992), Kronieken van Zuid-Afrika: De films van Manie van Rensburg (1997), Jans Rautenbach: Dromer, baanbreker en auteur (2006), Marginal Lives and Painful Pasts: South African cinema after apartheid (2007) e South African Cinema 1896 – 2010 (Intellect Books, 2012). É crítico associado à Fipresci e já participou de vários júris internacionais, de festivais como Tallinn Black Nights International Film Festival, Tromso International Film Festival, Mannheim-Heidelberg Film Festival and recently the Transilvania International Film Festival.

Qin Xiqing / China
Com doutorado em estudos de cinema, Qin Xiqing é historiadora, crítica e professora do Instituto de Artes de Cinema e TV da Academia Nacional de Artes Chinesas. Sua pesquisa inclui teorias pós-modernas, história do cinema silencioso chinês e estudos de cinema feminista. Publicou, entre outros livros, Jean-Francois Lyotard: A Post-modern Theorist Flying his Own Colors (1992), Chinese Film History (coautora, 1996), European-American Early Cinema and Chinese Early Cinema 1920-1930 (2008), Western Feminist Cinema (2008), e Film and Culture (2015). Traduziu para o chinês Movie History, de Douglas Gomery e Clara Pafort-Overduin. Como editora chefe da seção estrangeira da Enciclopédia Chinesa de Cinema e TV, ela trabalha no momento na compilação e edição dos verbetes que cobrem extensivamente o cinema mundial.

Rita Dutta / Índia
Rita Dutta é crítica de cinema e membro da Fipresci. É professora de graduação na Universidade de Calcutá e atualmente desenvolve sua pesquisa de doutorado em cinema. Escreve extensivamente sobre cinema e edita uma publicação internacional. Serviu como membro do júri em muitos festivais internacionais como Cannes, Pusan, Cairo, Kiev, e realizou palestras em Istambul, Macedônia, Polônia. Atualmente, edita um livro sobre cinema indiano.

Kirill Razlogov / Rússia
Kirill Razlogov formou-se na Universidade Estadual de Moscou Lomonossov (1969), com doutorado em artes e estudos culturais. Começou a carreira como pesquisador na cinemateca russa (Russian Film Archive) em 1969. Escreveu e/ou editou mais de 20 livros, além de centenas de artigos sobre cinema e mídia, história cultural, história da arte e política cultural. Como jornalista, escreveu para Moskovskaya Pravda e Izvestia, e foi colunista da revista semanal Kompania (até 2005). Desde 2001, é autor, produtor e apresentador do programa de TV semanal Movie Cult, na TV Rossiya-Kultura. Entre outras séries de TV que apresentou estão Cinemarathon (1993-1995), Century of Cinema (1994-1995) e From the Film Avant-Garde to Video-Art (2000-2001). Foi diretor de programação do Festival Internacional de Cinema de Moscou de 1999 a 2005, função que reassumiu em 2009 e que ocupa até hoje.

Susy Freitas / Brasil
Susy Freitas é graduada em letras e jornalismo e mestre em comunicação pela Universidade Federal do Amazonas. É professora na área de comunicação e escreve para o site Cine Set (www.cineset.com.br). É membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema. Publicou ensaios nos livros Documentário brasileiro – 100 filmes essenciais (2017), Animação brasileira – 100 filmes essenciais (2018) e Trajetória da crítica de cinema no Brasil (2019). Também organizou o livro Cine Set e a Crítica Cinematográfica no Amazonas (Casa Literária, 2019) e é autora dos livros de poesia Véu sem voz (Bartlebee, 2015) e Alerta, selvagem (Patuá, 2019).

Os filmes selecionados

Do Brasil
“Os Jovens Baumann”, com direção de Bruna Carvalho Almeida, é um dos selecionados para competir na Mostra Contemporânea. O filme conta a misteriosa história de jovens que desapareceram após as férias de verão. Cenas de fitas VHS com registros caseiros dos últimos momentos em família compõem o enredo desse mistério. 
A outra produção selecionada é o filme “Filhos de Macunaíma”, com direção de Miguel Antunes Ramos, que conta a história de três famílias indígenas que vivem no norte do Brasil. A trama gira em torno de personagens que mudam de lugar em busca de uma identidade, em si mesmos.

Da Rússia
“The Lord Eagle” dirigido por Eduard Nivikov, se passa em 1930 em Yakutia, no extremo norte da Rússia. Conta a história da simplicidade cotidiana de pessoas que vivem com suas vacas, caçando e pescando, até que um dia a vida na aldeia é alterada, quando uma águia, animal sagrado para a aldeia, entra no jardim de um casal de idosos.
“Tutor” é um drama produzido e dirigido por Anton Kolomeets e conta a história do menino Savva, de 17 anos, que está se preparando para se matricular na universidade. Quando seus pais saem de férias, lhe dão a responsabilidade de se preparar para os exames de admissão. Savva encontra, então, um professor de literatura estrangeira no site da Internet “Your Tutor”.

Da Índia
“Tarikh” (A Timeline), dirigido por Churni Ganguly, explora a transitoriedade da existência e a imortalidade através das vidas que foram tocadas. O enredo lamenta a morte de "ismos" e livre-pensadores, mas também deposita esperança nos líderes do futuro. O filme não é apenas sobre qualquer data, mas sobre cada dia que perdemos de nossas vidas quando olhamos para as nossas telas, em vez de fazer diferença no mundo real.
O segundo longa que representará a Índia é “Aalorukkam”, dirigido por V C Abhilash e produzido por Jolly Lonappan. O filme conta a história de um pai, Pappu Pisharadi, que procura seu filho que saiu de casa 16 anos atrás, como o único desejo de vê-lo mais uma vez.

Da China
White Snake, dirigido por Amp Wong e Zhao Ji, conta a história da fábula chinesa “The Legend of the White Snake”. O enredo é sobre um espírito de cobra de nome Blanca, que perde sua memória ao se disfarçar como uma mulher humana e acaba se apaixonando por um caçador de cobras. Isso desagrada fortemente sua irmã Verta, o demônio da cobra verde.
“How long will I love u”, dirigido por Lun Su, mistura fantasia, drama, romance e humor. No longa, todos os contrastes dentro da nossa sociedade estão bem refletidos de maneira divertida e alegre para todos os espectadores desfrutarem, até mesmo crianças. O filme retrata todas as decisões difíceis que temos que tomar e suas consequências, que podem ter impacto pelo resto da vida.

Da África do Sul
“The Tokoloshe”, dirigido por Jerome Pikwane, conta a história de uma jovem destituída e marcada por emoções reprimidas, desesperada por viver uma vida controlada e tendo que salvar a vida de uma criança jovem num mundo marcado por batalha onde ela deve primeiro encontrar a coragem para enfrentar um demônio insaciável forjado em sua própria infância.
O segundo filme que chega ao festival representando a África do Sul é “When babies don’t come”, dirigido por Molatelo Mainetje. O longa leva o público em uma jornada através do tratamento de fertilização in vitro, visitas a um curandeiro tradicional e práticas para ganhar assistência de seus antepassados. Quando os bebês não vêm é um retrato íntimo da infertilidade.

Festival de Cinema do BRICS – O Festival de Cinema do BRICS reúne produções e atividades voltadas para o cinema dos membros do grupo – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, com edições anuais intercaladas entre os cinco países. Desta vez, o Brasil será o organizador da 4ª edição, entre os dias 23 de setembro e 9 de outubro deste ano. O evento, com sede em Niterói, conta com a realização do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF), cooperação da Prefeitura Municipal de Niterói, apoio institucional da Ancine e patrocínio da Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania.

Serviço
 Festival de Cinema do BRICS
23 de setembro a 9 de outubro de 2019
Locais de realização
Para acessar a programação* completa do 4º Festival de Cinema do BRICS www.bricsfilmfestival.com.br
* A programação pode ser alterada sem aviso prévio
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