Multicult apresenta resultados da 1ª etapa de restauro do casarão que irá abrigar o Centro de Memória Ferroviária
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O casarão da rua Sapucaí, ex-sede da Rede Ferroviária Federal, permaneceu fechado por mais de 10 anos. O belíssimo prédio, reaberto durante duas edições da CASACOR Minas Gerais, está sendo inteiramente restaurado, com patrocínio da VLI. A ideia é que ele possa abrigar, no futuro, o Centro de Memória Ferroviária.
Um dos edifícios mais emblemáticos e significativos da capital mineira fica na rua Sapucaí, 383, na divisa entre os bairros Floresta e Centro. O casarão que foi construído para abrigar a sede da Rede Ferroviária Federal funcionou com esta finalidade até a completa desativação do órgão. Por conta disso, permaneceu fechado por mais de 10 anos e só foi reaberto graças a uma parceria entre Multicult e IPHAN-MG, que permitiu a realização das duas últimas edições da CASACOR Minas Gerais no local. “Essa abertura possibilitou não apenas a visitação de milhares de pessoas, mas também atraiu grande visibilidade para o imóvel uma vez que grande parte do público nunca havia entrado em seu interior, resignificando assim a sua relação com a cidade e com os habitantes.”, destaca Eduardo Faleiro, diretor da Multicult.
O trabalho para recuperar todos os aspectos da década de 1910 e devolver o prédio em condições ideais para abrigar outras atividades é muito minucioso. Desde o final da última edição da CASACOR, em novembro, cerca de 20 profissionais trabalham de forma ininterrupta no processo de restauro. São pedreiros, restauradores, pintores artísticos e uma série de outros profissionais ligados à área de preservação. Todo esse trabalho no imóvel tombado, é feito sob a supervisão e acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN/MG, por meio da sua superintendente regional, a Sra. Célia Corsino. A proposta é que ao final do restauro, o casarão abrigue o Centro de Memória Ferroviária, além de outras atividades.
Com mais de 3 mil metros quadrados de área e aproximadamente 50 salas ao todo, o casarão, de estilo eclético, vem revelando diversas surpresas até para quem já está acostumado a lidar com projetos de reforma e restauro de edificações antigas. Durante o processo, a técnica de restauro Maria Caldeira, que se dedica ao ofício há quase 30 anos, descobriu uma série de pinturas originais tanto nos arcos que separam os cômodos quanto nas paredes. Elas estavam escondidas abaixo de 7 camadas de tinta e simulam com perfeição revestimentos naturais nobres como mármore e madeira. O engenheiro Henrique Mourão, um dos responsáveis por acompanhar as obras do restauro, destaca que o recurso utilizado nas pinturas era uma alternativa aos materiais caros e importados “Se fossem colocar madeira, ela precisaria vir da Europa, de navio”.
“O objetivo de todo esse trabalho é aproximarmos ao máximo de como era quando foi construído. Durante o processo de recuperação da fachada, tentamos usar uma série de materiais contemporâneos para o preenchimento de algumas falhas, todos sem sucesso. O que funcionou mesmo foi quando tentamos uma solução construtiva muito utilizada no passado, que consistia no uso da terra do formigueiro para sustentação das paredes.”, destaca a restauradora Maria Caldeira.
Para a VLI, empresa de soluções logística com sede ao lado do imóvel, o restauro é uma oportunidade de unir passado e futuro. “Entendemos que preservar o patrimônio ferroviário faz parte do nosso compromisso de transformar a logística do país gerando valor para a sociedade. Apoiar o restauro do casarão é uma forma de olhar para frente cuidando da história que nos fez chegar até aqui”, avalia Maria Clara Fernandes, gerente de Responsabilidade Social da VLI.
O projeto de restauro empreendido pela Multicult e patrocinado pela VLI, via Lei Federal de Incentivo prevê a realização de 3 etapas ao todo. A primeira já está em processo de finalização e contempla a recuperação e pintura da fachada do belíssimo casarão, além da realização de todos os estudos e projetos necessários para a execução das próximas fases. Estão incluídos neste ciclo inicial as pesquisas e a elaboração dos projetos elétrico, hidráulico, acústico e paisagístico. As próximas fases contemplam a execução dos projetos elétricos e hidráulicos, além da montagem museográfica consecutivamente. “A previsão é que o casarão esteja totalmente restaurado até o fim de 2020. O valor total dos investimentos somente nesta primeira fase é de R$1.750.000,00.”, ressalta Juliana Grillo, diretora da Multicult. O projeto é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio integral da VLI Logística.
"A cidade só se interessa em preservar os imóveis que conhece. Essa é, a grande contribuição que a CASACOR Minas tem dado para a cidade e deu para o casarão da rua Sapucaí. A oportunidade de destacar esse ícone arquitetônico da cidade veio acrescida de uma grande visibilidade para o imóvel. A partir disso, vislumbramos a possibilidade de que aquele prédio poderia ter um destino bastante nobre após a realização da Mostra. Temos um extenso legado de ocupação e contribuição de prédios históricos da cidade ao longo desses 25 anos de atuação. A Casa do Conde, que hoje é a sede do IPHAN/MG, é um exemplo disso. A nossa intenção com o edifício da RFFSA foi de criar um centro cultural vivo, capaz de contar a história da ferrovia, mas também ser um local de reflexões e diálogos com a modernidade e, principalmente, sobre a mobilidade", destaca o arquiteto João Grillo, um dos responsáveis pelo projeto de restauro.
Sobre o casarão
Construído para ser a sede da Rede Ferroviária Federal, a antiga RFFSA, o casarão localizado na rua Sapucaí, 383, possui uma importância histórica, artística e cultural para a capital mineira. A história do casarão está intrinsecamente ligada à fundação de Belo Horizonte. Foi na região da Sapucaí e da Praça da Estação que apareceram os primeiros registros de comércios na cidade em função da proximidade com a estação central do trem, principal porta de entrada dos materiais e insumos utilizados na construção da cidade. Graças a uma parceria entre Multicult e IPHAN-MG, o imóvel, que permaneceu fechado por mais de 10 anos e abrigou duas edições da CASACOR Minas. A realização da mostra permitiu que o imóvel conquistasse grande visibilidade na cidade, atraindo investimentos, melhorias e uma nova percepção por parte do público. Percebendo o potencial da edificação e sua relevância para a cidade, a Multicult propôs um projeto voltado para o restauro do casarão, que teve início ao final da 24ª edição da CASACOR Minas e segue ao longo dos anos de 2019 e 2020. O projeto do restauro é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio da VLI Logística
Sobre a Multicult
A Multicult é uma empresa promotora de eventos diversos, entre eles a CASACOR Minas, que em 2019 completa 25 edições ininterruptas. A proposta da empresa, fundada por Eduardo Faleiro e Juliana Grillo, é promover e empreender projetos e iniciativas nas áreas de Cultura, Arquitetura, Design, Gastronomia e Urbanismo. O portifólio de ações desenvolvidas sob a assinatura da Multicult reúne eventos diversos que se destacam por promover não apenas entretenimento, mas também são uma plataforma de inspiração, informação e networking. Outro foco de atuação da empresa é a promoção de iniciativas que contribuam para a preservação da memória e da identidade urbana.
Redes
SITE: www.multicult.cc
INSTAGRAM: @multicult.cc
Sobre a VLI
A VLI tem o compromisso de contribuir para a transformação da logística no país, por meio da integração de serviços em portos, ferrovias e terminais. A empresa engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Escolhida como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar pela revista Você S/A pelos últimos quatro anos e a melhor do segmento de Serviços de Transporte pela Istoé Dinheiro em 2018, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste
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Equipe Blog Leite Quentee news