Alice Caymmi lança “Electra”, seu 4º disco, gravado ao vivo em apenas dois dias.
Alice Caymmi é uma artista sempre em movimento, por isso mesmo não é de estranhar que depois do estouro pop que foi o disco “Alice” ela opte por explorar novos caminhos, nada óbvios. “Electra”, seu quarto disco, a sair no próximo dia 27 de maio, traz a voz da artista como grande estrela, desnuda de qualquer outro aparato, apenas acompanhada do piano de Itamar Assiere.
Electra, na mitologia grega, é persona movida pela fúria, essa intensidade da figura mítica, aliás, pode explicar os movimentos de Alice na gravação do novo disco: apenas dois dias no Estúdio Red Bull, em São Paulo, foram necessários para as gravações. De forma entregue e intensa, é assim que nasce “Electra”: Alice cantando sem amarras e solta dentro das canções.
https://www.youtube.com/watch?v=sayg2UZ3uaA
“O que diferencia ‘Electra’ é a busca profunda e inesperada na obra de antigos compositores”, explica Zé Pedro, diretor artístico do projeto, lançado pela gravadora Joia Moderna. “Aquelas canções que Alice poderia ter feito, aquele discurso que cabe aqui em 2019. Uma ironia de Maysa que possa ter sido abafada pelas grandes orquestras. Uma Amália Rodrigues que sobreviva aos clichês. Um Fagner outrora aos berros e hoje cantado em tom menor. Um samba de Candeia virando verdade de novo”.
O repertório vem de um garimpo realizado por Alice ao lado de Zé Pedro. Ele é pesquisador apaixonado pela música brasileira, passionalidade que conversa com a de Alice; juntos, eles passeiam por um arco de mais de 60 anos de música. O repertório ganha vida quase de forma inédita na voz de Alice: os arranjos originais das canções não foram respeitados, pelo contrário, foram descontruídos para que Alice os guiasse onde fosse necessário.
“Eu vejo como um dos lançamentos mais corajosos da minha carreira e um dos mais sólidos. No sentido de eu saber exatamente o que estou fazendo. Parece que o que sempre esteve em mim era o caminho certo o tempo inteiro. O básico, o ancestral, o fundamental”, explica a cantora.
“Electra” Já está disponível em todas as plataformas e o show, com direção de Paulo Borges, estreará nos dias 18 e 19 de junho, no Centro Cultural São Paulo.
Faixas
1) “De qualquer maneira”, Candeia
Lançada originalmente no álbum “Seguinte... Raiz”, de Candeia, em 1971
2) “Diplomacia”, Maysa
Lançada originalmente no disco “Convite para ouvir Maysa, nº2”, de Maysa, em 1958
3) “Areia fina”, Lucas Vasconcellos
Lançada originalmente no disco “Manja Perene”, de Letuce em 2014
4) “Mãe (Mãe Solteira)”, Tom Zé e Élton Medeiros
Lançada originalmente no disco “Estudando o samba”, de Tom Zé, em 1976
5) “Medo”, Reinaldo Ferreira e Alain Oulman
Poema de Reinaldo Ferreira musicado por Alain Oulman, gravado originalmente por Amália Rodrigues em 1966 e só editado no disco “Segredo”, em 1997
6) “Fracassos”, Fagner
Lançada originalmente no disco “Ave Noturna”, de Fagner, em 1975
7) “Pelo amor de Deus”, Tim Maia
Lançada originalmente no disco “Tim Maia”, de Tim Maia, em 1972
8) “Pedra Falsa”, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Lançada originalmente no disco “Corrente de Aço”, de Roberto Ribeiro, em 1985
9) “Me deixe mudo”, Walter Franco
Lançada originalmente no disco “Ou Não”, de Walter Franco, em 1973
10) “Aperta Outro”, Danilo Caymmi e Ana Terra
Lançado originalmente no disco “Cheiro Verde”, de Danilo Caymmi, em 1977
Ficha Técnica
Idealização: Alice Caymmi
Direção Artística: DJ Zé Pedro
Mixagem: Rodrigo ‘’Funai’’ Costa
Masterização: Ricardo Garcia
Arranjos: Alice Caymmi e Itamar Assiere
Piano: Itamar Assiere
Gravado por Rodrigo ‘’Funai’’ Costa e Alejandra Luciane no Redbull Music Studios
Foto: Gustavo Zylbersztajn
Direção de arte: Eduardo Dugois
Styling: Paulo Martinez
Make: Cris Biato
Comunicação: Wes Mariano
Assessoria de Imprensa: Casé Assessoria
Produção Executiva: Talita Morais
Uma produção Joia Moderna Discos,
Licenciado pela Altafonte
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Equipe Blog Leite Quentee news