segunda-feira, 24 de junho de 2019


Ciberataques impõem desafios no sistema financeiro.

Ataques cibernéticos e fraudes são uma batalha constante para o Sistema Financeiro, que mantêm grande parte de seus negócios on-line.
Os dados são alarmantes. O número total de ataques cibernéticos cresce anualmente, impondo desafios. De olho neste cenário, a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (ACREFI) promoveu, ‪nesta semana, no Hotel Renaissance - SP, ampla discussão com especialistas que abordaram o tema “Prevenção à Fraude Cibernética".


Alexandre Domingos de Souza, Segurança da Informação e Resiliência Cibernética - CIP), destacou que o ciberataque pode comprometer fortemente a economia de um País. "Segurança, energia, saúde e Telecom são ambientes que podem ser vulneráveis. Relembrou que “a Argentina considerou, nesta semana, que o blecaute sofrido não é anormal e não descartou um ciberataque" afirmou Souza, projetando um levantamento da Verizon mostrando seu "Relatório de Investigações de Violações de Dados (DBIR)de 2019, que fornece informações valiosas que abrangem 86 países e 41.686 incidentes. O resumo mostra que nenhuma indústria está imune ao ataque. Independentemente do tipo ou da quantidade de dados da sua organização, há sempre alguém que está tentando roubá-lo. Dados expostos mostram qus 69% dos ataques são perpetrados por pessoas de fora, 39% de todos os ataques são perpetrados por grupos criminosos organizados".
A probabilidade de funcionários de empresas menores serem atingidas por ameaças de e-mail, incluindo spam, phishing e malware, segundo ele, foi maior do que para os membros de grandes organizações.
Marcos Julião, Sócio-Fundador da JCAdvisor, alertou sobre a importância do controle de gestão de fraudes nas companhias. "Lembre-se que grande parte das ameaças estão dentro das companhias. Um levantamento da Deloitte mostra que 4 a cada 10 organizações sofreram um incidente de segurança cibernética nos últimos 24 meses. 70% das organizações afirmaram não ter certeza da eficácia de seu processo de resposta diante desses incidentes, enquanto apenas 3% realizam simulações para testar suas capacidades efetivas de resposta diante de um evento cibernético. As organizações da América Latina estão aumentando seus orçamentos dedicados à gestão de riscos cibernéticos e à segurança da informação. 89% dos entrevistados atribuem uma importância muito alta à gestão de riscos cibernéticos em um contexto de negócios vez mais digital", relatou.
Julião destaca que segurança de tecnologia é um tripé: tecnologia, processos e pessoas. "É preciso entender o negócio, identificar os ricos de segurança e cuidar dos frameworks - série de processos que são usados para definir políticas e procedimentos em torno da implementação e gerenciamento contínuo de controles de segurança da informação em um ambiente corporativo. Prevenir é o caminho", finalizou.

A ACREFI – Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento foi fundada em 1958 com o objetivo de congregar as empresas do setor, defender seus legítimos interesses, fortalecer as relações entre os associados e promover o desenvolvimento de suas atividades. Em todo esse período, a instituição se manteve fiel aos seus objetivos, procurando adaptá-los às constantes mudanças ocorridas no quadro econômico em geral e nas atividades de financiamentos contribuindo, assim, com o crescimento do País

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