Saiba porque você não pode perder a exposição “Ai Weiwei Raiz”, em cartaz no MON
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Do lado de fora do Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, uma obra chama a atenção de quem passa pela rua. São 1254 bicicletas entrelaçadas, apenas por encaixe, como blocos de construção, numa impressionante instalação de nove metros de altura assinada por um dos artistas contemporâneos mais importantes, o chinês Ai Weiwei. É a Forever Bicycles (Bicicletas Forever).
Do lado de dentro do Museu, no espaço do Olho, cerca de 60 outras obras integram a maior exposição de sua carreira e a primeira dele no Brasil: Ai Weiwei Raiz, que está em cartaz no MON.
Saiba mais sobre algumas delas.
Grapes (Uvas): são 32 bancos da Dinastia Qing unidos por meio de técnicas tradicionais de marcenaria chinesa, sem utilizar prego ou cola. A instalação faz parte de uma série de trabalhos em que o artista subverte o uso original de um móvel.
Taifeng: bambu e seda, numa técnica tradicional de fazer pipas, transformam-se aqui num personagem inspirado pelo Shanhaijing, texto clássico do século 4 a.C. Nele, criaturas mitológicas refletem ideias maiores que a nossa capacidade de entendimento.
Moon Chest (Cofre da Lua): um jogo de imagens é sugerido nesta série de cofres feitos com a preciosa madeira Huali, o marmelo chinês, a partir da tradicional técnica de marcenaria chinesa. Os cofres apresentam as quatro fases da lua aos visitantes que interagem com a instalação.
Sunflower Seeds (Sementes de Girassol), trabalho composto por milhares de sementes de girassol de porcelana pintadas à mão por artesãos chineses, a maioria mulheres, abordando a questão da produção em massa e da perda da individualidade;
Blossom (Florescer), como protesto por ter tido seu passaporte confiscado, todos os dias Ai Weiwei colocava flores na cesta de sua bicicleta, fotografando e replicando as imagens nas redes sociais, que viralizaram. Uma instalação com delicadas flores de porcelana retoma esse período.
Law of the Journey (Lei da Viagem - Protótipo B), um enorme barco inflável com tripulantes faz alusão à crise global de refugiados. Pesquisador do assunto, Ai Weiwei já viajou para 40 campos de refugiados e produziu o documentário Fluxo Humano (Human Flow), exibido na mostra. Outras obras abordam o mesmo tema, recorrente no trabalho de Ai Weiwei, como Vases with a Refugee Motif as a Pilar (Vasos Empilhados com Motivos de Refugiados), por exemplo.
Realizada pelo MON e apresentada pela Copel, a exposição em Curitiba foi viabilizada pelo Governo do Estado do Paraná. Ai Weiwei é reverenciado como um dos grandes nomes da cena contemporânea mundial e notório devido ao interesse que demonstra pelas questões sociais e humanas. A exposição Ai Weiwei Raiz foi produzida por Marcello Dantas, que também assina a curadoria.
Serviço
Exposição “Ai Weiwei Raiz”
Até 28 de julho
Espaço: Olho
Museu Oscar Niemeyer (MON)
Visitação: terça a domingo, das 10h às 18h
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Quartas gratuitas.
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Equipe Blog Leite Quentee news