quarta-feira, 10 de abril de 2019


Primeiro salário: como utilizar com responsabilidade sem deixar de usufruir do dinheiro.


Existe um equilíbrio entre gastar desenfreadamente e poupar cada moeda recebida

O recebimento do primeiro salário pode ser memorável para grande parte das pessoas, já que é o dinheiro conquistado com o trabalho do mês todo. Por isso, é muito fácil cair na armadilha de gastar ‘a grana’ com coisas que sempre foram desejadas, mas que não são tão importantes assim.



Henrique Kazmierczak, estudante de Engenharia Mecânica e Assistente de Projetos da Empresa de Águas Ouro Fino, dedicou seu primeiro salário depois de efetivado ao sonho de ter o próprio apartamento. “Realizei um projeto na empresa quando estagiava e depois de seis meses fui contratado. Hoje tenho uma namorada e temos uma filha! Iremos casar em 2019, e com a ajuda do meu pai, conseguimos a entrada do apartamento. Estamos a todo o vapor construindo e planejando os nossos passos. O meu primeiro salário, tanto de estágio, como de Assistente de Projetos, foi destinado 60% para essa conquista”, conta.

Grande parte dos especialistas diz que é muito bom utilizar o tão esperado salário com aquilo que sempre quis, porém, é necessário equilibrar as finanças para não perder o eixo nos próximos meses assim como fez Kazmierczak. Segundo o Ministério do Trabalho, no 1º semestre de 2018, o Brasil gerou quase 400 mil empregos com carteira assinada, sendo a maior parte no setor de serviços.

Responsabilidade com os gastos

Marcia Weise, que faz parte do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-PR), afirma que existem maneiras de gastar o tão esperado primeiro salário sem se afundar em dívidas e, ainda assim, aproveitá-lo da melhor forma possível. “O ideal é que 30% do salário sejam poupados por mês e, de preferência, que esse dinheiro vá para alguma aplicação ou poupança para que renda mais. A quantia também se torna reserva para situações atípicas que não podem ser supridas com os outros 70% do salário, que ficam destinados às despesas do dia a dia”, atesta.

No entanto, além do conhecimento técnico que o empregado recebe, também é importante que se tenha uma base de como aplicar a renda recebida de forma coerente. Para isso, a economista traz informações de como organizar a vida financeira para que todos os gastos estejam dentro do orçamento. “O primeiro passo para que as finanças fiquem em ordem é elaborar uma planilha e lá colocar todo o dinheiro que entrou e saiu da conta. Dessa forma é possível visualizar em qual área dá para poupar mais, como mercado, comida fora de casa, lazer, e afins. Isso também resulta em uma disciplina financeira maior, que gera um aumento na capacidade de poupar fazendo com que outros bens de maior valor sejam programados com tempo e planejamento, como: planejar uma viagem internacional, realizar o sonho da casa própria ou trocar de veículo”, explica.

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