terça-feira, 26 de março de 2019

Homens estão ficando carecas cada vez mais cedo.

Jovem ficando careca - foto
Fatores como vida moderna e falta de hábitos saudáveis estão entre os responsáveis pela calvície
Março de 2019 - É uma constatação: os homens estão ficando carecas cada vez mais cedo. A informação vem de dentro dos consultórios dos especialistas em tratamento capilar. Embora os tipos de queda sejam diversos, o médico tricologista, Leandro Ribeiro Mauro, afirma que a queda está diretamente relacionada aos hábitos de vida da atualidade.


“A calvície está diretamente ligada a fatores genéticos e outros fatores, como distúrbios hormonais e também emocionais. Hábitos de vida, de alimentação, uso de medicamentos e o consumo de cigarro, por exemplo, também influenciam e muito quando o assunto é a queda de cabelos”, diz.
Homens e mulheres são igualmente vítimas da calvície, no entanto, os homens são mais atingidos devido a produção do hormônio testosterona. “Embora as mulheres também a produzam, nelas a quantidade é muito menor. Quando atinge a raiz do cabelo, a testosterona sofre a ação de uma enzima. Como consequência, surgem substâncias que reduzem a velocidade de multiplicação das células da raiz, provocando até mesmo a morte dessas células”, afirma o especialista.
Envelhecimento natural
O cabelo também possui as suas fases de crescimento, manutenção e queda. Com o passar do tempo e o processo natural de envelhecimento, eles se tornam mais fracos e frágeis, afinam, perdem a elasticidade dos fios e começam a cair.
É um procedimento inevitável, mas que pode ser retardado, e por conta disso, Dr. Leandro faz um alerta: medicações, má alimentação, fumo e hábitos de vida sedentários e ligados ao estresse aceleram a queda. “Todos esses fatores, quando combinados, influenciam na absorção de nutrientes e na oxigenação do couro cabeludo, e com isso, a calvície pode sim chegar mais cedo”, afirma.
A relação entre comida e cabelo é simples. O cabelo é composto de uma proteína chamada queratina. Uma dieta baixa em proteínas força o seu corpo a economizar a proteína disponível para outros propósitos, como reconstruir as células, privando assim o cabelo.
Meu cabelo caiu, e agora?
Depois de identificada a causa da queda, caso ela não seja permanente e ocasionada por fatores da vida moderna, um acompanhamento com um especialista que oriente o paciente a um tratamento correto pode obter resultados eficazes.
“A queda por stress, medicação ou má alimentação tende a regredir quando há tratamento correto. Já nos casos em que há fator genético presente, a solução é o transplante”, explica Dr. Leandro Mauro.
O transplante capilar surge como uma opção para quem desejar recuperar a autoestima e os fios perdidos. O procedimento segue um princípio que é estudado desde 1958, no qual os folículos capilares transplantados de uma região doadora para uma área calva, irão se comportar como se estivessem em seu local de origem, ou seja, formarão raízes e crescerão.
“O processo é simples, a área doadora é uma região que não foi afetada pela calvície, porque seus folículos não têm a predisposição genética que causa a queda acentuada dos cabelos, desta maneira, voltam a crescer naturalmente na região afetada”, afirma o especialista.
Dr. Leandro Mauro explica que o procedimento consiste em retirar as unidades foliculares uma a uma e depois implantar os folículos na região receptora. As raízes são retiradas com punchs — pequenos instrumentos para a extração dos folículos que geram cortes com menos de um milímetro —, que auxiliam a retirada sem causar danos ao paciente. Os pontos de onde foram retirados os bulbos fecham-se em média após sete dias, resultando em uma rápida recuperação para o paciente

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