Por que temos o hábito de nos comparar aos outros?
Por Vivian Wolff, Coach de Vida pelo Integrated Coaching Institute (ICI); formada em Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational Leadership, Washington DC; com MBA em Marketing Estratégico pela University de Catalunya, Barcelona
Crescemos ouvindo comparações. Seja com pessoas em situação pior, podendo gerar consolo; seja com aquelas em situação melhor, o que pode causar inveja ou sensação de fracasso.
No entanto, se pensar de forma racional, a comparação é um sentimento completamente sem sentido, já que todos nós somos diferentes. História de vida, genética, características e as circunstâncias que nos levaram ao lugar onde estamos hoje são únicas. Compreender esta realidade é enxergar que, assim como você, cada um tem defeitos e qualidades; fases boas e ruins; ganhos e perdas.
Rede social: um mundo irreal
Um fator que intensificou o hábito da comparação foram as redes sociais. Imagine você perder o emprego, acessar o Facebook e se deparar com um post de um amigo que está celebrando sua promoção? O impacto inicial pode ser bem ruim, mas se lembre que esse amigo também tem seus problemas. O que vemos nas redes não equivale ao mundo real. São apenas momentos felizes. A vida fora do âmbito virtual está bem longe de ser um conto de fadas para qualquer um.
Pressão pela perfeição
Outro ponto que, inevitavelmente, gera comparações é a pressão crescente em ser ótimo em tudo: saber várias línguas, ter o corpo perfeito, ser bem-sucedido, ser um pai/uma mãe exemplar, fazer trabalho voluntário... Essa “exigência” da sociedade atual é cruel. Não é todo mundo que consegue trabalhar, treinar na academia, fazer cursos, ir ao supermercado, chegar em casa após horas de trânsito, brincar no maior bom humor com os filhos e ainda ficar impecável para um jantar com o marido/a esposa.
É caótico ter uma rotina de afazeres que mal cabe na sua agenda, só para ser o padrão ilusório de perfeição. O ideal da pessoa moderna, que dá conta de tudo. Pode até ser que você consiga bancar o multitarefa, mas, em algum momento, seu alarme vai tocar, e você vai sentir a sobrecarga de querer ser e fazer tantas coisas ao mesmo tempo.
Novamente: não se compare aos outros. Cada pessoa tem um ritmo e um limite próprios. Deixe sua autenticidade ser o seu termômetro. Não existe outra pessoa no mundo igual a você. Aceite tanto suas qualidades como suas imperfeições, e use essa liberdade de ser quem você realmente é para deixar sua marca por onde passar!
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