sábado, 10 de novembro de 2018

Literatura Atual.



Com mais de 1500 livros publicados, R. F. Lucchetti fala sobre a importância da literatura de bolso, vendida em banca de jornal
Em episódio inédito da série Super Libris, exibido pelo SescTV, o escritor comenta que os livros de bolsos funcionam como antídoto para amenizar os problemas do dia a dia
 
Foto: Piu Dip.
 

Com mais de 1500 livros lançados e assinados por diferentes pseudônimos, o escritor e roteirista de filmes, de histórias em quadrinhos e de fotonovelas, Rubens Francisco Lucchetti, ou R. F. Lucchetti como é conhecido, é o entrevistado no episódio Lugar de Livro é na Banca de Jornal, da sérieSuper Libris. O autor discute a literatura de bolso que, segundo ele, além de funcionar como entretenimento, emociona o leitor. Com direção de José Roberto Torero, a produção inédita será exibida no dia 12/11, segunda-feira, às 21h, no SescTV (também pode ser assistida em sesctv.org.br/aovivo).
Lucchetti nasceu em 29 de janeiro de 1930, na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo. Tinha 12 anos de idade quando publicou suas primeiras histórias. Sua especialidade são as pulp fiction(nome atribuído, desde a década de 1900, às revistas feitas com papel barato e de baixo custo). Para o escritor, esses livros populares, de bolso, vendidos em bancas de revistas distraem, ajudam a amenizar os problemas do dia a dia das pessoas e as fazem sonhar. “É uma espécie de escapismo. ”, acredita.
Abordando temas como terror, crime e mistério, com vampiros, monstros e lobisomens como personagens, Lucchetti é considerado por muitos como o “papa de pulp function” no Brasil. Contudo, muitas de suas obras não levam sua assinatura. Segundo o autor, foi uma sugestão do proprietário da editora em que trabalhava. “Sr. Rosemberg achava que eu era o maior escritor de terror do Brasil. Ele falava: “Você é um gênio, esquece os outros gêneros. Só que você vai ter que por um pseudônimo”, recorda.
O paulista aceitou a proposta, mas confessa que ficou aborrecido porque o editor chefe, Jaime Rodrigues, criava os pseudônimos juntando nomes de atores com outros. “Usava analogia de autores femininos também. Eu tinha a impressão que eu estava querendo copiar. Isso me incomodava”, expõe. Dentre as denominações estavam Peter L. Brady, Theodore Field, Terence Gray, Chrsitine Gray, Mary Shelby R. Bava, Frank Luke e Brian Stckler.
Lucchetti, que também escreveu roteiros para filmes do Zé do Caixão, fala sobre o seu processo de criação; sobre a dificuldade que tinha de encerrar uma história; sobre os métodos que usava para descrever uma cidade fora do Brasil, que ele nunca conhecera; sobre seu primeiro romance de bolso, O Ouro dos Mortos (1963); e sobre como são os personagens da literatura de bolso. Além da entrevista, R. f. Lucchetti participa dos quadros Pé de Página, onde mostra seu ambiente de trabalho e revela como e porque escreve; e Primeira Impressão, no qual indica a leitura Jack, o Estripador(1911), de Gardner F. Fox.
O episódio também traz os quadros: Orelhas, sobre a autora inglesa Bárbara Catland, que escreveu 723 livros em seus 98 anos de vida; Prefácio, com a colunista Cristiane Tavares, que sugere Bear, história em quadrinhos com três volumes, da escritora Bianca Pinheiro; Quarta Capa, com o youtuber San Adam, que comenta a série alemã de ficção científica Perry Rhodan, publicada desde 1961; e Epígrafe, no qual Paulo Biscaia Filho, cineasta e diretor da peça A Macabra Biblioteca do Dr. Lucchetti, inspirada na vida e obra de R. F. Lucchetti, conversa sobre o processo de levar para o teatro a literatura de bolso.

Sobre a série Super Libris:
A série apresenta o universo da literatura e é formada por 52 episódios em sua primeira temporada e 26, na segunda, todos com 26 minutos de duração, que trazem entrevistas exclusivas com escritores novos e consagrados e apresentam curiosidades do processo de criação dos livros.Em sua primeira temporada, foram entrevistados autores como Ruy Castro, Luis Fernando Verissimo, Ruth Rocha, Ferréz, Antonio Prata, Thalita Rebouças e Xico Sá. Os novos episódios trazem Bernardo Ajzenberg, Marcelo Rubens Paiva, Chico Buarque, Pepetela, Ana Maria Machado, Paulo Lins, Cintia Moscovich, João Paulo Cuenca, Ângela Lago, que morreu em outubro de 2017, entre outros.
Sobre o SescTV:
SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua grade de programação é permeada por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com artistas da música e da dança. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras artes também estão presentes na programação.

SERVIÇO:
Série: Super Libris
Episódio: Lugar de Livro É na Banca de Jornal
Estreia: 12/11, segunda-feira, às 21h
Reapresentações: 13/11, terça, às 9h e às 17h; 14/11, quarta, às 13h30; 16/11, sexta, às 9h30 e 17h30; 18/11, domingo, às 6h; e 19/11, segunda, às 16h.
Classificação indicativa: Livre
Direção geral: José Roberto Torero
Produção: Padaria de Textos
Duração: 27’

Para sintonizar o SescTV:
Canal 128, da Oi TV
Ou consulte sua operadora
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