segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Saúde.


Reabilitação Vestibular: uma ótima opção para vertigem e distúrbios do equilíbrio corporal
Fisioterapeuta fala sobre os benefícios e cuidados para aplicação da terapia.


O equilíbrio corporal, nada mais é que o resultado da integração de diversos sistemas que mantêm o corpo contra a ação da gravidade quando em repouso ou em movimento. Porém, algumas pessoas podem apresentar problemas nesse sentido como vertigens, tonturas, sensação de flutuação, desequilíbrio, sensação de quedas, o que muitas vezes pode gerar insegurança na execução de atividades.


Segundo a fisioterapeuta do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica – CERNE, Pâmella Kherolym do Carmo, a disfunção vestibular frequentemente é acompanhada por outros sintomas como zumbido, ansiedade, manifestações neurovegetativas (náuseas, vômitos, sudorese, palidez, taquicardia), pré-síncope, síncope, distúrbios da memória, dificuldade de concentração mental, perturbações visuais, sensação de oscilação, alterações do equilíbrio corporal, distúrbios da marcha e quedas ocasionais.

Para controlar a disfunção e seus sintomas, uma ótima opção é a Reabilitação Vestibular. “A terapia de reabilitação vestibular é um tratamento complementar, não invasivo, baseado em um grupo de exercícios personalizados e manobras que - em conjunto com modificações dos hábitos de vida e orientação alimentar - trará resultados a curto e longo prazo no controle postural e nos sintomas, o que proporciona uma melhora na qualidade de vida dos pacientes”, explica a fisioterapeuta.

A avaliação dessa disfunção é feita por um fisioterapeuta por meio da checagem de fatores como a marcha, postura, desempenho do paciente na realização de determinadas tarefas e estratégias de equilíbrio. Após, são aplicados exercícios que visam melhorar o equilíbrio estático e dinâmico, com ênfase nas condições sensoriais que demandam maior participação do sistema vestibular.

Esta reabilitação é indicada para casos de Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) e Hipofunção vestibular, que são os casos mais comuns e Labirintite. Ainda de acordo com a fisioterapeuta, o resultado do tratamento depende da etiologia da vertigem, idade do paciente, uso de medicamentos supressores do sistema vestibular como benzodiazepínicos, capacidade individual em realizar os exercícios propostos e a cooperação ativa do paciente.

Para finalizar, Pâmela alerta sobre os cuidados e contraindicações quanto à utilização da terapia. “Os pacientes que têm alterações na coluna cervical (hérnia de disco), obstruções do sistema carotídeo ou vértebro-basilar ou cardiopatia grave, a Reabilitação Vestibular não é indicada. Por isso é importante o acompanhamento de um profissional especializado”, avalia. A reabilitação vestibular requer protocolos adaptados a cada tipo de caso, com exercícios específicos para cada paciente, o que permite uma otimização dos resultados

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