terça-feira, 14 de agosto de 2018

Retrato de uma sociedade de hoje.




Clarissa Wolff estreia na Verus com “Todo mundo merece morrer”



 Livro questiona o comportamento humano em um retrato da sociedade de hoje

Todo mundo merece morrer
Clarissa Wolff

Páginas: 168
Preço: R$ 29,90

Editora: Verus | Grupo Editorial Record
Esqueça a narrativa padrão que você está acostumado a encontrar na literatura. Clarissa Wolff debuta na Verus e faz do seu “Todo mundo merece morrer” uma trama desconstruída sobre a dualidade do ser humano. Clarissa faz parte desta nova geração de autores que vêm para renovar o cenário nacional. Seu primeiro romance é contundente, reflete a sociedade e ainda coloca em xeque as discussões sobre tolerância
.

Tudo começou com uma “brincadeira” do marido quando ele foi buscá-la no metrô e sugeriu uma história que se passasse no local. E foi exatamente isso que Clarissa fez.  Com inspiração na ganhadora do Pulitzer Jennifer Egan, Clarissa escreve sobre um crime no metrô da linha verde de São Paulo que conecta treze vidas, treze personagens sintomáticos dos tempos modernos que vivem dentro de suas próprias certezas incontestáveis. Mas este grupo heterogêneo tem mais em comum que o fato de ter presenciado um assassinato no vagão. Para além das aparências, todos eles escondem um caráter duvidoso.

A cada capítulo, Clarissa entrega diferentes formas de narrativa para apresentar um “sobrevivente” do atentado: desde o padre pedófilo, que conta sua versão tal qual um capítulo da Bíblia, q pelo grupo de jovens traficantes do colégio, em uma narrativa cheia de gírias e dialetos, até a história em terceira pessoa de uma mãe que odeia o filho porque o marido não a deixou abortar.

“Todo qmundo merece morrer” começou a ser escrito em 2014. “Eu acho que essa história foi feita para ser escrita na minha versão durante aqueles anos.”, confessou a autora, que também contou sobre o seu processo criativo, que define como “um quebra cabeças”, onde as peças já chegam prontas em sua mente e só é preciso montar. “Eu pensava, sim, em ter q que as pessoas não conseguissem se apegar, ou então que sentissem certo apego e não gostassem, nem se sentissem confortáveis com isso. (...). É como se eu estivesse fazendo um novo amigo e conhecendo tudo sobre ele. Mas tudo, absolutamente tudo.”

Com o livro já pronto para ganhar o Brasil, Clarissa espera que o “Todo mundo merece morrer” traga questionamentos aos leitores: “Acho que sempre evoluímos quando somos mais a, a [ perdoar, e quando conseguimos entender e aceitar a evolução do indivíduo e da sociedade. Mas também precisamos ter consciência de que existem coisas que devem ser inaceitáveis.”, ressalta.

“Todo mundo merece morrer” chega às livrarias em agosto.

Clarissa Wolff, 27 anos, é escritora e trabalha com estratégia de conteúdo e comunicação. Além de manter uma coluna sobre literatura na Carta Capital, já escreveu para Rolling Stone, VICE, UOL, Cult e Folha de S.Paulo. Este é seu livro de estreia.

           


FONTE
Departamento de Comunicação | 


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