sábado, 11 de agosto de 2018



 
Novo livro traz coletânea inédita com os “100 fatos marcantes sobre o cibercrime no mundo”
 
O especialista em crimes virtuais Wanderson Castilho mostra como agem os criminosos que invadem a vida de pessoas e empresas mundo afora


O perito judicial Wanderson Castilho, especialista em crimes virtuais, lançou em agosto, em Curitiba, o livro “100 Fatos marcantes sobre o cibercrime no mundo”, publicado pela Editora Esplendor. Este é o seu quarto livro sobre a criminalidade no mundo digital.

A obra faz um balanço dos principais crimes cometidos pela internet entre 1989 e 2017, mostrando técnicas e mecanismos utilizados pelos criminosos virtuais. Entre alguns dos crimes descritos estão ataques de hackers, divulgação de fake news, roubo de dados e informações sigilosas, estelionato e sabotagem de serviços.

No evento de lançamento na capital paranaense, o autor promoveu um bate-papo com a plateia e fes uma apresentação sobre alguns dos casos mais notórios de crimes virtuais em todo o mundo.

No Brasil, o livro pode ser encontrado nas principais livrarias ou encomendado pelo site www.enetsec.com. Ainda em agosto, a obra será lançada nos Estados Unidos.

O livro

Além de abordar o papel da segurança online no mundo e sua influência no desenvolvimento das novas tecnologias, o autor Wanderson Castilho relata que, mesmo com os avanços dos mecanismos de proteção e privacidade na rede mundial, o público ainda está muito vulnerável aos ataques dos bandidos virtuais. “Os criminosos ameaçam crianças, mulheres, instituições financeiras, empresas e agentes públicos. A rigor, todos os usu­ários da internet estão sujeitos a estas práticas”, explica.

Uma pesquisa da empresa CyberSecurity Ventures, de 2017, uma das gigantes mundiais da segurança digital, revela o tamanho desse mercado ao prever que o cibercrime deve trazer prejuízos ao mundo na ordem de US$ 6 trilhões em 2021.

“Especialistas renomados em segurança digital, como Wanderson Castilho, prevêem que, no futuro, todo mundo será atacado. Isto parece catastrofismo, mas não é. Ou seja, não é uma questão de “se” você vai ser atacado, mas “quando” isso vai acontecer”, afirma o editor do livro, o jornalista Eduardo Sganzerla.
 

Entre alguns dos principais casos de violação de segurança citados no livro está o da jornalista brasileira Rose Leonel, que foi difamada e teve fotos íntimas e contatos pessoais vazados pelo ex-namorado em 2006. Rose se tornou líder da luta contra a vingança pornográfica. Ela contou com a ajuda de Wanderson Castilho para investigar e elucidar o caso e levar o tema ao Congresso Nacional. A violação da intimidade se tornou o Projeto de Lei Rose Leonel (PL nº 18/2017), de autoria do deputado João Arruda, e que está pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados.

Castilho explica que dispositivos como tablets e smartphones, além de tecnologias que já começam a modificar a vida em sociedade como as criptomoedas e a internet das coisas, dependem da segurança, da proteção de dados e da privacidade para se expandirem e trazerem benefícios às pessoas.

O autor do livro, que também tem larga experiência na investigação de cibercrimes contra empresas, aponta os crimes mais comuns que vêm acontecendo no mundo corporativo global, com bilhões de dólares de prejuízos para a iniciativa privada. E cita casos e pontos fracos de empresas que investigou e ajudou a justiça a prender os criminosos.

“Não há dúvida que um dos maiores impactos do cibercrime é sobre a vida e a saúde financeira das empresas. Quem não investir em defesas potentes e de largo alcance contra a invasão dos criminosos terá dificuldades de sobreviver no futuro”, explica Castilho.

Sobre o autor

Wanderson Castilho, bacharel em física pela Universidade Federal do Paraná, é presidente da E-Net Sec, empresa de segurança e perícia digital com sedes em Curitiba (PR) e Parkland, nos Estados Unidos. Além disso, possui diversas certificações internacionais e ministra cursos sobre cibercrimes para diversas instituições no Brasil e nos Estados Unidos, onde mora atualmente.

É membro consultor da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB-SP e membro representante da América do Sul e América Central do Michigan Collegiate Cyber Defense Network, Industry and Academy Advisory Board, da Universidade de Michigan, que promove competições de segurança na rede entre instituições que formam profissionais de Tecnologia da Informação.

Ele é o único brasileiro certificado pelo Instituto para Treinamento de Análises Corporais, dos Estados Unidos, que já formou mais de 20 mil pessoas, incluindo agentes do FBI e CIA. Também é autor dos livros "Manaual do Detetive Virtual", "Você sabe o que o seu filho está fazendeo na internet?" e "Mentira, um rosto de muitas faces".



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