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“A FORÇA DO TRABALHO É A INDEPENDÊNCIA”, DIZ FERNANDA ABREU EM ENTREVISTA À REVISTA 29HORAS DE AGOSTO
- Ela fala sobre seu desejo de envelhecer com rugas, das boas lições da vida em família e do casamento com o músico paulistano Tuto Ferraz, com um morando no RJ e outro em SP
- Publicação também apresenta reportagem especial sobre saúde, mostrando a evolução da medicina
São Paulo, agosto de 2016 – A edição de agosto da 29HORAS, a revista do Aeroporto de Congonhas/SP, destaca em sua capa entrevista exclusiva com Fernanda Abreu. Prestes a completar 57 anos de idade (no próximo dia 8 de setembro), a cantora conhecida como “a garota sangue bom” e “símbolo do Rio 40 graus” continua com seu bom humor e energia que marcam a sua imagem desde quando iniciou a carreira de sucesso, na década de 1980.
Casada há seis anos com o baterista e produtor musical paulistano Tuto Ferraz, Fernanda conta que os dois preferem viver em suas cidades de origem: “Assim nossos encontros ficam ainda melhores”, acredita. “Resolvemos ficar nessa ponte aérea, em uma relação que mistura a nossa vida pessoal, o trabalho e o Rio e São Paulo”, afirma. Ela revela que ama a vida cultural de São Paulo, as exposições e a qualidade dos serviços.Atualmente em turnê nacional de seu mais recente trabalho, “Amor Geral”, lançado em 2016, Fernanda explica que o álbum foi motivado pela vontade de falar sobre amor. “Não só do amor romântico, mas do amor da coletividade, do desejo de enxergar o outro e aceita-lo”. Para a cantora, nosso país vive um momento de grande intolerância nas redes sociais, ódio, cinismo e indiferença, e o amor é verdadeiro antídoto para tudo isso. “A violência contra a mulher e os gays, o preconceito contra o negro, isso para mim é barbárie. Não é século 21, é a involução do ser humano”.Ela também aponta como algo que a incomoda na atualidade o fato de as pessoas cada vez mais se fecharem em núcleos, sem interagir umas com as outras. “Fico triste quando vejo os prédios no Rio e em São Paulo cheios de grades, as pessoas com insulfilm. Devia ser o contrário, pois isso não provoca o encontro, a gente não vê o coletivo no Brasil”, avalia. Para a cantora, uma das coisas mais bacanas da vida é encontrar as pessoas: “Não adianta chegar ao final da vida cheio de bens materiais se você não teve encontros incríveis. Isso é o que faz valer a pena viver”.Mesmo se mostrando uma eterna apaixonada pelo Rio de Janeiro, Fernanda não desvia dos questionamentos sobre os momentos difíceis que a cidade tem vivido. “Nos últimos anos eu tenho sentido o carioca mais desanimado. Não só com a cidade, mas com a corrupção que deprime o brasileiro e leva o país para um lugar de ainda mais desigualdade, o que gera violência. A morte da Marielle é um exemplo disso. As famílias, o Rio, o Brasil e o mundo ainda estão sem resposta sobre os mandantes desse crime político e desse atentado à democracia”, afirma. E ela reforça seus pensamentos nesse sentido: “Mais lamentável que o Bolsonaro é a quantidade de jovens que curtem os seus comentários violentos e homofóbicos e pensam em votar nele. Isso me assusta. Hoje as pessoas precisam falar mesmo sobre a questão do gênero, porque tem muitas crianças e jovens que não se veem nos seus corpos. Isso é a coisa boa da nossa época: conseguir falar, conseguir ter uma voz. Mostrar para uma parte da sociedade que elas podem se olhar e se reconhecer, que que não devem se sentir excluídas”.Outro destaque na entrevista são as declarações sobre a importância que Fernanda dá para a vida em família e as lições que podem ser tiradas dessa convivência. “Meu avô chegou em 1946 de Portugal e foi ser vitrinista da Mesbla, e ao lado de minha avó, que trabalhou como caixa na loja, conseguiu botar os dois filhos na universidade. Meu pai é arquiteto, meu tio era pintor. O trabalho foi um valor importante para a minha família. A minha mãe também trabalhou a vida inteira e sempre passou para mim a mensagem de que a força do trabalho é a independência. Ela dizia: ‘Não tem essa coisa de marido, de casar. Isso é consequência se você se apaixonar por alguém, mas a sua vida é você quem faz’. Aprendemos muito com os pais. Ao longo da vida a gente vai percebendo que os ensinamentos são muito profundos e poderosos”. A cantora conta ainda que sua filha Sofia, de 25 anos, está prestes a se formar em Medicina e que sua outra filha, Alice, de 19 anos, acabou de passar no vestibular de história e de moda. “As duas são bem situadas. Eu acredito que a família e a convivência com os pais, com os avós, trazem valores importantes e o exercício do pensamento crítico”, diz.Ela termina a entrevista falando que pretende envelhecer com rugas: “Existe essa pressão de ficar bem, jovem e magra, mas a gente tem de entender que o corpo é uma máquina que não vai funcionar da mesma maneira para sempre. É preciso respeitar isso. Não penso tanto no envelhecimento e sinto que a minha energia vital é muito potente. Acho interessante poder mostrar uma imagem de alguém que envelhece com rugas, afinal a vida é assim, né?”. E conta ter como exemplos de mulheres que envelhecem bem a cantora Maria Bethânia e a atriz Fernanda Montenegro. “Meu sonho de consumo é chegar aos quase 90 anos com a lucidez, a inteligência, a beleza, a vivacidade e a forma física dessa atriz maravilhosa”.Também é destaque na edição de agosto da 29HORAS a reportagem especial sobre o universo da medicina, destacando os avanços mais recentes do setor, muitos deles em evidência nos mais de 40 eventos que a cidade de São Paulo recebe nesse mês especificamente da área de saúde. São abordados desde temas como os cuidados com o parto até os novos tratamentos de doenças.Com distribuição gratuita aos passageiros nas salas de embarque e desembarque do Aeroporto de Congonhas, a revista tem ainda a diversificada agenda 29HORAS com um guia completo com mais de 100 programas para todas as horas do mês, com peças, filmes e um tour gastronômico pela cidade de São Paulo.Clique AQUI para acessar a capa, ver as fotos e ler a íntegra da edição de agosto da Revista 29HORAS. Já nesse link você pode baixar algumas fotos em alta resolução, colocando apenas a informação dos créditos: Gui Paganini/29HORAS.SOBRE A 29HORASNo mercado desde 2009, a revista 29HORAS é uma publicação mensal dirigida exclusivamente aos passageiros que embarcam e desembarcam no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
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Equipe Blog Leite Quentee news