Mãos na massa: um sonho de Coxinha
A empresa Coxinhas Lovers amplia o negócio em Curitiba e conquista os fãs do salgado mais famoso do cardápio brasileiro
O sonho de empreendedorismo ultrapassou um período de crise financeira tão comentado no País para o engenheiro de produção Diego Coradin e a designer Julie Baggio ao arriscar e criar a empresa Coxinha Lovers. A ideia do negócio se tornou um sucesso na cidade de Curitiba, inaugura em dezembro a segunda unidade, já tem endereço confirmado para a terceira, e conta com planos de expansão para todo Brasil.
A dupla de empresários que não tinha experiência em administração buscou suporte em muita pesquisa e análises para investir no segmento de alimentação, tanto sobre o funcionamento da operação como também do produto. “Mesmo que o país esteja com a economia complicada, as pessoas não deixam de investir em alimentação. Uma hora ou outra todo mundo sai para comer o que gosta e por isso nossa decisão foi assertiva nesse segmento”, explica Coradin. A descoberta do produto ideal, as minicoxinhas surgiu da busca pelo entendimento do perfil do consumidor ao entender os gostos e desejos dos clientes. Saltaram aos olhos as paixões do paladar brasileiro: brigadeiro, sorvete, queijo e coxinha. “Decidimos que a coxinha seria o produto ideal, pois nós dois não éramos exímios cozinheiros, a receita é simples e poderíamos congelar o produto e vender em larga escala. Nas diversas pesquisas que fizemos vimos essa tendência de vender coxinha de festa em copo plástico lá em Minas Gerais”, conta Julie.
Nessas viagens e análises os empresários juntaram todas as informações e criaram o Coxinha Lovers, e a ideia que parecia simples virou tão atrativa e diferente que facilmente conquistou o coração dos fãs do alimento. “Nossa sacada foi fazer as coxinhas bem menores, para serem consumidas como pipoca e com uma embalagem que agregasse valor a um produto que já é muito consumido. Não queríamos que fosse um salgadinho qualquer, precisávamos que sempre fosse saboroso, pequeno, sequinho, crocante e de altíssima qualidade. Então adaptamos o maquinário e receitas já existentes para chegarmos ao sabor e tamanho ideais”, abordam os empresários.
Cardápio
O carro-chefe do negócio são as minicoxinhas recheadas. O diferencial é seu tamanho reduzido, com 2,5 cm de altura, menores que os tradicionais salgadinhos de festa. Sabor marcante, textura crocante e apresentação em um copo personalizado compõem a apresentação do produto. “Oferecemos em três tamanhos de copos: o pequeno com aproximadamente 20 unidades; o médio com aproximadamente 35 unidades e o grande com aproximadamente 80 unidades” explicam.
Coradin e Julie revelam que os sabores mais pedidos são coxinha de frango e carne seca. Fazem parte também do cardápio do Coxinha Lovers bolinha de queijo, kibe, pão de queijo e churros de doce de leite e Nutella. Todos em formato miniatura.
Investimento Inicial
O Coxinha Lovers abriu o primeiro negócio no polo gastronômico Ca’dore Comida Descomplicada em Curitiba. “A escolha da localização da primeira unidade também foi fundamental para o negócio, pois tivemos muita visibilidade e retornos positivos”, relata Coradin. O ponto forte da marca é aliar um produto de qualidade, preço justo e diferencial de tamanho com copo personalizado. “São detalhes que fazem toda a diferença. As pessoas adoram o copo e ele reforça a identidade da marca. Percebemos que os fãs de coxinhas indicam nosso produto e assim aumentamos cada vez mais às vendas e assim começou a surgiu a ideia de expansão”, enfatiza Julie.
Os empresários contam que os resultados desde a inauguração que aconteceu em Janeiro de 2017 são uma crescente, e a fidelização dos clientes foi fundamental para o posicionamento da marca em que o famoso “boca a boca”, se tornou a propaganda do negócio. “Temos como principal desafio na Ca’dore manter essa constante alta de público por estarmos tão expostos ao tempo, além de trabalhar em um espaço reduzido. O nosso contêiner na Ca´dore tem apenas 6m²” contam.
O investimento foi o menor possível. Para viabilizar o negócio os empresários estudaram a melhor forma de investir sem gerar grandes dívidas, por isso vários processos foram feitos internamente. Isso representou uma economia de aproximadamente 50 mil reais. “Vendemos 40 mil copos em oito meses de Ca’dore, e a meta é vender cada vez mais, sem perder a qualidade”, dizem.
Planos Futuros
Com o sucesso da primeira unidade na Ca’dore decidiram ampliar os negócios e com muitas pesquisas resolveram escolher a segunda unidade no Shopping Palladium, que será inaugurada em Dezembro. A próxima unidade já tem endereço certo: será no Shopping Jockey Plaza, no bairro Tarumã.
Os investimentos para o Shopping Palladium foram de aproximadamente 300 mil. “As maiores dificuldades foram as regras de construção dentro do shopping e o investimento alto, pois são exigidas uma série de itens que nos obriga a contratar profissionais muito qualificados, encarecendo o investimento. A projeção de recuperação de investimento é de no máximo seis meses”, comentam.
Julie, que também é designer, conta que o espaço no shopping tem 38m², com uma frente de atendimento de 4 metros. “Fiz o projeto pensando em cada detalhe, para que todo espaço seja aproveitado atendendo nossas necessidades de produção”. A decoração é inspirada em toda identidade visual da marca, utilizando as cores e também o conceito de modernidade e conforto.
Os jovens empresários também têm ideias diferenciadas para chamar a atenção do público como edições de sabores especiais e promoções. “O primeiro sabor especial que iremos ter com edição limitada será a coxinha de costela”, revelam. E as ideias não param por aí, pois a meta é crescer cada vez mais para virar franquia nacional em até dois anos.
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