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Transexualidade: tratamentos hormonais e cirurgia ainda são principais dúvidas nos consultórios
Segundo endocrinologista, pacientes transexuais devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar no processo de redefinição e busca da própria identidade
Uma série documental intitulada "Quem Sou Eu?", exibida no programa Fantástico e uma personagem na novela "A Força do Querer", nova trama da Rede Globo, trazem a tona um tema cercado de tabus: a transexualidade. Caracterizados como pessoas que não se identificam com o sexo que nasceram, os transexuais costumam revelar os primeiros sinais na infância. E segundo especialistas, o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar é fundamental no processo de redefinição e busca da própria identidade."A transexualidade pode ser considerada definitiva após os 16 anos, quando temos a identificação definitivamente formada. Entretanto, as características geralmente se expressam logo que a pessoa tem consciência sobre gênero sexual, em brincadeiras, vestuário e atitudes", afirma o médico endocrinologista Emerson Cestari Marino, membro da SBEM-PR (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional do Paraná).
Segundo ele, no consultório as dúvidas mais comuns estão relacionadas ao processo de transformação, como o tratamento hormonal e também a cirurgia de transgenitalização, conhecida popularmente como "cirurgia de mudança de sexo". Desde agosto de 2008, com a publicação da portaria no 457, transexuais têm acesso aos procedimentos para garantir a cirurgia e readequação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, a portaria no 2.803 apliou o atendimento para homens e mulheres transexuais. Mas as questões de aceitação familiar e social continuam sendo o grande desafio para os transexuais.
Por conta de sua complexidade, Marino afirma que a identificação de gênero deve preferencialmente ser avaliada por profissionais especializados em transexualidade, incluindo desde os primeiros atendimentos tanto psicólogos quanto psiquiatras. "Existe a necessidade de acompanhamento de diversos profissionais, para um cuidado completo com a transição de gênero e suas consequências psíquicas e físicas, sendo o médico Endocrinologista e Metabologista o especialista indicado para conduzir o tratamento hormonal", recomenda.
Dentre os profissionais destacam-se psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, urologistas, ginecologistas, mastologistas, cirurgiões plásticos, dermatologistas, otorrinolaringologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço. "O tratamento realizado de forma correta reduz riscos de complicações, melhora a qualidade de vida e faz com que os objetivos sejam alcançados na forma e tempo corretos", afirma o especialista.
FONTE NCA Comunicação
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