Escultura Luar do Sertão, de João Turin, volta à rotatória do Centro Cívico
A obra Luar do Sertão, do artista João Turin, vai ser devolvida ao seu local de origem, na rotatória da Avenida Cândido de Abreu, próxima à sede da Prefeitura. A recolocação da escultura, que passou por uma restauração, será feita nesta terça-feira (2), às 20h, por uma equipe do Ateliê João Turin, com acompanhamento da Coordenação de Preservação e Conservação de Acervos da Fundação Cultural de Curitiba.
A escultura em bronze da onça, representativa de uma das fases em que o artista se dedicou a reproduzir gatos e felinos, já havia sido restaurada e recolocada pelo ateliê há dois anos, mas foi danificada e teve que ser retirada novamente para reparos.
Assim como no restauro anterior, os trabalhos ficaram a cargo do ateliê, que detém os direitos sobre o acervo do escultor. Os direitos foram comprados pelo colecionador curitibano Samuel Ferrari Lago que, em parceria com a Prefeitura, iniciou em 2013 um amplo projeto de recuperação das esculturas do artista que estão em espaços públicos.
Sobre a obra – A onça batizada de Luar do Sertão é uma escultura em bronze, em tamanho natural, realizada em 1947. Faz parte da fase em que Turin se inspirava em gatos e felinos do Passeio Público. Já que os animais dormiam a maior parte do dia, o artista, em idade já avançada, passou a ir ao parque à noite: comprava carne no açougue Garmatter e negociava para conseguir iluminação melhor. “Foi um inferno, sem contar com a chuva, a garoa, a lama, o frio, pois a gente não é mais criança e não aguenta bem”, declarou na época. Mas o esforço compensou: a onça “Luar do Sertão” rendeu muitos prêmios e homenagens a Turin.
Agenda: Show "80, 90, 100" homenageia ícones da música brasileira
A Orquestra à Base de Corda prepara homenagem para três ícones da música brasileira no show intitulado ‘80, 90, 100’, sob a regência e direção artística do maestro João Egashira. Composições de Hermeto Pascoal, Moacir Santos e Dilermando Reis fazem parte do repertório da apresentação que acontece nos dias 5, 6 e 7 de agosto, no Espaço Cultural Capela Santa Maria.
Apesar da diferença na sonoridade de cada compositor, o que une o repertório é a personalidade musical única em cada um deles, explica o maestro. “A formação de cada um representa universos distintos. Hermeto é um músico inquieto, já Dilermando apesar de ter revolucionado a forma de tocar e compor no violão, era mais comportado. Todos apresentaram importantes mudanças na forma de fazer música brasileira”, afirma Egashira.
A Orquestra à Base de Corda prepara homenagem para três ícones da música brasileira no show intitulado ‘80, 90, 100’, sob a regência e direção artística do maestro João Egashira. Composições de Hermeto Pascoal, Moacir Santos e Dilermando Reis fazem parte do repertório da apresentação que acontece nos dias 5, 6 e 7 de agosto, no Espaço Cultural Capela Santa Maria.
O tema ’80,90,100’ representa a idade de cada compositor homenageado. Hermeto Pascoal completou 80 anos no dia 22 de junho, Moacir Santos, se vivo, estaria com 90 e Dilermando Reis chegando ao seu centenário. Com uma década de diferença entre eles, cada compositor apresenta universos musicais distintos.
Apesar da diferença na sonoridade de cada compositor, o que une o repertório é a personalidade musical única em cada um deles, explica o maestro. “A formação de cada um representa universos distintos. Hermeto é um músico inquieto, já Dilermando apesar de ter revolucionado a forma de tocar e compor no violão, era mais comportado. Todos apresentaram importantes mudanças na forma de fazer música brasileira”, afirma Egashira.
Egashira cita ainda que uma das curiosidades do Programa são as obras de Moacir Santos, que eram voltadas para instrumentos de sopros e foram adaptadas para a Orquestra À Base de Corda (OABC). “Os três são muito significativos para os músicos e para a cultura brasileira de modo geral. São de escolas diferentes, e isso deixa o Programa ainda mais interessante. É importante perceber no repertório a particularidade de cada compositor e como nós costuramos essas sonoridades tendo a OABC como fio condutor”.
“Mas o que eu quero com esses concertos é que as pessoas sintam emoção! Que a música toque, independente do repertorio e de quem compôs, mas que chegue no coração das pessoas”, conclui o Maestro.
Saiba mais sobre os compositores homenageados:
Hermeto Pascoal
Um dos músicos homenageados no show da Orquestra À Base de Corda é o compositor arranjador e multi-instrumentista brasileiro, Hermeto Pascoal.
Desde pequeno, Hermeto fascinava-se com os sons da natureza. A partir de um cano de mamona de “gerimum” (abóbora), fazia um pífano e ficava tocando para os passarinhos. Ao ir para a lagoa, passava horas tocando com a água. O que sobrava de material do seu avô ferreiro, ele pendurava num varal e ficava tirando sons. Assim começou e não parou mais. Atualmente conhecido como “o bruxo” ou “o mago”, é considerado por boa parte dos músicos como um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Poli instrumentista, é famoso por sua capacidade de extrair música boa de qualquer coisa, desde chaleiras e brinquedos de plástico até a fala das pessoas.
Desde pequeno, Hermeto fascinava-se com os sons da natureza. A partir de um cano de mamona de “gerimum” (abóbora), fazia um pífano e ficava tocando para os passarinhos. Ao ir para a lagoa, passava horas tocando com a água. O que sobrava de material do seu avô ferreiro, ele pendurava num varal e ficava tirando sons. Assim começou e não parou mais. Atualmente conhecido como “o bruxo” ou “o mago”, é considerado por boa parte dos músicos como um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Poli instrumentista, é famoso por sua capacidade de extrair música boa de qualquer coisa, desde chaleiras e brinquedos de plástico até a fala das pessoas.
Moacir Santos
Moacir Santos iniciou seus estudos em clarinete com 11 anos. Hoje ele é conhecido pelo seu virtuosismo, dominava o saxofone, o piano, a clarineta, o trompete, o banjo, o violão e a bateria. É tido como um dos maiores mestres da renovação harmônica da música popular brasileira (MPB).
Foi parceiro de Vinicius de Moraes, e por esse também foi homenageado na canção “Samba da Bênção”, com Baden Powell: “Moacir Santos / tu que não és um só, és tantos / como este meu Brasil de todos os santos.”
Foi parceiro de Vinicius de Moraes, e por esse também foi homenageado na canção “Samba da Bênção”, com Baden Powell: “Moacir Santos / tu que não és um só, és tantos / como este meu Brasil de todos os santos.”
Dilermando Reis
Dilermando Reis, natural de Guaratinguetá, São Paulo, iniciou seus estudos com o pai, o violonista Chico Reis. Dilermando tocava violão popular instrumental e lutou muito para elevá-lo à condição de solista. Consagrado como intérprete, como compositor, e como um dos maiores violonistas de todos os tempos, a crítica assinalava em Dilermando Reis: ”a fina sensibilidade interpretativa, chamando atenção para o som cheio e bem timbrado de seu violão que nunca se confundiu com nenhum outro”. (1987, Jornal Valeparaibano)
Deixou 10 discos em 78 rpm, vinte LPs e um álbum de sete volumes “Uma Voz e um Violão em Serenata”, com o cantor Francisco Petrônio. Dentre os alunos que continuaram a sua escola levantamos o nome de Bola Sete e Darci Villaverde. O então presidente Juscelino Kubitscheck, de quem ele era amigo pessoal, desfrutou das aulas deste mestre, e foi em razão dessa amizade que Dilermando compôs a primeira música em homenagem à nova capital do país, Brasília fato do qual muito se orgulhava.
Deixou 10 discos em 78 rpm, vinte LPs e um álbum de sete volumes “Uma Voz e um Violão em Serenata”, com o cantor Francisco Petrônio. Dentre os alunos que continuaram a sua escola levantamos o nome de Bola Sete e Darci Villaverde. O então presidente Juscelino Kubitscheck, de quem ele era amigo pessoal, desfrutou das aulas deste mestre, e foi em razão dessa amizade que Dilermando compôs a primeira música em homenagem à nova capital do país, Brasília fato do qual muito se orgulhava.
Serviço:
Nome do concerto: “80, 90, 100”
Homenagens a:
80 anos de Hermeto;
90 anos de Moacir Santos;
100 anos de Dilermando Reis.
Nome do concerto: “80, 90, 100”
Homenagens a:
80 anos de Hermeto;
90 anos de Moacir Santos;
100 anos de Dilermando Reis.
Apresentações:
Dia 5 de agosto às 20h00
Dia 6 de agosto às 18h30
Dia 7 de agosto às 18h30
Local: Capela Santa Maria
Ingressos: R$30 e meia-entrada R$15
Ingresso Rápido: https://www.ingressorapido.com.br/compras/?id=51531#!/tickets
Dia 5 de agosto às 20h00
Dia 6 de agosto às 18h30
Dia 7 de agosto às 18h30
Local: Capela Santa Maria
Ingressos: R$30 e meia-entrada R$15
Ingresso Rápido: https://www.ingressorapido.com.br/compras/?id=51531#!/tickets
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