domingo, 17 de julho de 2016

A PROPORÇÃO DIVINA NA ARQUITETURA, NA ARTE E NA MÚSICA\ Por Maicon Rodolfo Hamm

A PROPORÇÃO DIVINA NA ARQUITETURA,
 NA ARTE E NA MÚSICA
Arquiteto Maicon Rodolfo Hamm

            A arte é uma experiência de equilíbrio da relação das partes com o todo.
Se olharmos atentamente uma flor, assim como qualquer outra criação natural, ou ainda algo feito pelo homem, encontraremos uma unidade e uma ordem comum em todos. Essa ordem tanto pode ser percebida em algumas proporções que se repetem sempre, como na maneira de seu crescimento, seja algo natural ou construído pelo homem.
Uma pintura, uma escultura, uma obra de arquitetura, de música, de prosa ou poesia, está organizada e sensivelmente equilibrada em torno de um sentido, de uma proporção oculta.
A harmonia da Proporção Divina foi notavelmente desenvolvida nas catedrais góticas da Europa e nos projetos modulares de Le Corbusier, na arquitetura contemporânea.
Também encontramos estas mesma proporções nas pinturas de Leonardo da Vinci e Albrecht Drürer, nas esculturas de Fídias e Michelangelo, bem como em toda a música.
Ao longo dos séculos muitas pessoas descobriram e redescobriram a Proporção Divina. Ficaram sempre impressionadas com as suas propriedades e chamaram-lhe de uma grande variedade de nomes diferentes, como: Média Áurea, Proporção Áurea, Razão Dourada, entre outros.
Todas estas descrições, de maneira simples, se referem à relação em perfeita proporção, do todo com as suas partes e pode ser exemplificada matematicamente pela fórmula (1+√5)/2 ou o número 1,6180339...
A sua história começa com cálculos feitos em placas de argila na Babilônia e pode ser seguida até a atualidade, sendo sua relação definida pela primeira vez pelo arquiteto Marcus Vitruvios Pollio em 27 a.C.
É difícil descrever adequadamente a singularidade e a beleza desta proporção, que é determinada pela natureza e que serviu de diretriz estética na arte e na arquitetura durante 2500 anos.
Se quisermos aprofundar mais, podemos encontrar variações da Proporção Áurea em toda a parte, como exemplo: no Pártenon como Triangulo Àureo, no interior do ouvido humano como Espiral Dourada, nas pétalas da rosa como Ângulo Dourado e até mesmo no DNA humano com números de Fibonacci.
Seria então a beleza um conceito subjetivo e temporal?
Creio que não, pois a disciplina das proporções e padrões dos fenômenos naturais e a disciplina manifestada nas mais relevantes e harmoniosas obras do homem são a evidência do inter-relacionameto de todas as coisas.


“Uma vez alcançado o caráter orgânico de uma obra de Arte, essa obra é eterna. Tal como o Sol, a Lua e as estrelas, as grandes árvores, as flores e a erva ela existe e permanece enquanto e onde o homem estiver.”

   Frank Lloyd Wright

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