GOLPE POLÍTICO OU DEMOCRACIA?
Depois de anunciar rompimento pessoal com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), despachou na ultima sexta-feira (17) 11 pedidos de atualização de impeachment já apresentados à Secretaria Geral da Mesa contra a presidente Dilma Rousseff. Um dos protocolos foi feito pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), e os demais partiram de cidadãos de diversas localidades do país.
O Deputado Bolsonaro formalizou em março o pedido de cassação de Dilma. Na argumentação do requerimento, o parlamentar fluminense acusou a presidenta de ter responsabilidade nos desmandos praticados na Petrobras e desvendados pela Operação Lava Jato, investigação que tem Cunha entre os alvos.
“Fica Vossa Excelência notificado para, no prazo de 10 (dez) dias, emendar a denúncia referida em epígrafe, adequando-a aos requisitos da Lei n. 1079/1950 e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados”, notifica Cunha, no ofício encaminhado a Bolsonaro e aos demais cidadãos, obviamente alterado o pronome de tratamento para os outros 11 subscritores.
A atitude de Cunha revela um claro sinal: considera que apoiar um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff seja sua possível tábua de salvação. Nos bastidores, Cunha tem falado em "explodir o governo".
Salvação ou não, o Deputado Federal e Presidente da Câmara é quem possui tinta na caneta Montblanc para colocar em votação o impeachment de Dilma Rousseff! Enfim, eis que sorte foi lançada...
César Prevedello
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