Cidadão Republicano I Serie ENTREVISTAS
Cidadão Republicano I \ Por César Prevedello
Se recordar é viver, então devo lhes dizer que Roberto
Requião de Mello e Silva está pronto para assumir pela quarta vez a Chefia do
Poder Executivo Estadual do Paraná e se assim se concretizar estas palavras,
irá ser o 57º Governador do Estado do Paraná.
Requião é advogado (formado pela UFPR), jornalista (formado
pela PUC PR) e urbanista (formado pela Fundação Getúlio Vargas), ocupa
atualmente o cargo de Senador da República Federativa do Brasil, sendo que, veio
a ocupar os cargos de Prefeito de Curitiba, Deputado Estadual, Governador do
Estado do Paraná por 3 vezes e Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano.
Em sua última eleição, leia-se no ano de 2010 ao Senado da República, atingiu a
marca dos quase 3 milhões de votos, foram exatamente 2.691.557 milhões de
votos, sendo que a título de curiosidade, vale lembrar que como Senador, Requião teve a maior votação proporcional da história do
Paraná.
Sempre fiel ao
PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro é casado com Maristela Quarenghi de Mello e Silva, a qual foi Diretora Presidente do Museu Oscar Niemeyer com inúmeros
elogios por sua desenvoltura e bom gosto pelas artes em geral trazidas do mundo
inteiro a Curitiba, tem dois filhos, Maurício e Roberta,
sendo o primeiro, candidato neste ano eleitoral ao pleitear uma cadeira da
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná – ALEP.
Requião sempre cercado de sua família, amigos e fieis
eleitores, recebeu minha pessoa com uma enorme gentileza, foi muito sincero e
autêntico em suas palavras, conforme seguem abaixo.
ENTREVISTA COM O SENADOR ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA, ROBERTO REQUIÃO
1) O Sr. é o primeiro governador do Paraná a conquistar três mandatos por
eleição direta. Qual a sensação de obter tal aprovação dos Paranaenses?
É uma demonstração direta de apreço não a uma pessoa, e sim a um programa
de governo e a uma forma eficiente de gerir o estado do Paraná. Por isso,
desço para essa campanha com o compromisso de arrumar a casa que o Beto
Richa bagunçou. Não tenho ideias mirabolantes, até porque depois de três
mandatos, se eu chegasse com fórmulas inéditas iriam me perguntar: “mas
porque não implantou antes?” O que tenho são mais de 300 programas de
governo implantados e bem sucedidos, que pretendo retomar e ampliar.
2) Atuando em Brasília por meio do Senado da República o Sr. pode nos
dizer o que lá observou a respeito da relação do Governo Federal com o
Governado do Estado do Paraná? Existiu uma perseguição política como
afirma a gestão atual do Estado?
O Beto é malcriado com a Dilma e a Gleisi, chorando miséria e dizendo que
tudo é culpa dos outros. O fato é que o estado está quebrado por
incompetência na gestão ao longo desses últimos
quatro anos. Falta até
gasolina para a polícia e ração para os cachorros farejadores. Se o
governador não consegue sequer suprir essas necessidades básicas, não é um
empréstimo federal que vai salvar o Estado da bancarrota. Eu governei oito
anos bem e não precisei de nenhum empréstimo. Por isso, vamos voltar com
uma equipe séria, competente e experiente, para poder colocar as coisas
nos eixos.
3) Os Jogos Colegiais do Paraná que aconteciam na sua gestão por meio da
tão adorada Paraná Esportes, que agora mudaram de nome para Jogos
Escolares do Paraná e estão “sediados” por meio da Secretaria de Estado do
Esporte e Turismo, que eram feitos em sua fase final em Curitiba e agora
não mais, podem voltar a serem sediados em nossa capital? Uma vez que, as
melhores adaptações para tal jogos são nossos Colégios Estaduais que aqui
estão e foram aprovados nos nove JOCOPS que aqui tivemos de 2003 a 2011.
Mais importante que o local de sua realização é a capacidade de congregar
todas as escolas do Paraná em um grande evento, com receptividade e
qualidade para que nossos alunos se sintam prestigiados e motivados. As
competições estudantis realizadas pela Paraná Esporte, como você bem
lembrou, são parte integrante de nossa proposta de oferecer uma educação
plena a nossas crianças e jovens.
4) Sendo eleito, como será o diálogo entre o Governador Requião e o
Prefeito Gustavo Fruet?
Eu vou sentar com o Gustavo Fruet para resolver os problemas da cidade.
Curitiba precisa de um parceiro no governo estadual, não de um inimigo que
fique fazendo críticas e denúncias infundadas na mídia. Curitiba precisa
de parceria, como precisa também Londrina. Eu, no governo do estado, não
vou ficar falando mal da Dilma e da ministra Gleisi, fazendo malcriação
com a presidenta da República. Estou sendo eleito para resolver os
problemas do Paraná. Prefeitos dos nossos munícipios terão em mim um
parceiro.
5) A Escola de Governo que era apresentada semanalmente ao vivo, por meio
da Paraná Educativa cedinho no auditório do Museu Oscar Niemeyer irá
voltar? A cobrança que era feita ao primeiro e segundo escalão de sua
gestão, para todos os Paranaenses assistirem “ao vivo e a cores” irá
continuar?
Sim. Meu governo foi e será pautado pela transparência total das ações do
governo. Não somente através da televisão e rádio públicos, mas através da
internet, publicando todas as despesas e empenhos de forma clara para que
a sociedade possa acompanhar e fiscalizar.
6) Como foi a escolha do cargo a Vice Governadora, neste caso, a Vice
Governadora Rosane Ferreira? Igualmente o atual Vice Governador Flávio
Arns, que assumiu a Secretaria de Estado da Educação (SEED), a Vice
Governadora será nomeada em alguma Secretaria de Estado?
A Rosane declarou que pretende servir ao Estado apenas como
vice-governadora. Mas claro, ela é um quadro competente que será
importante em nossa administração independente de nome de cargo.
7) Como foi ganhar a Convenção do PMDB (com 319 votos a favor), mesmo
tendo alguns Deputados do próprio partido que se dizem contra sua
candidatura ao Palácio Iguaçu?
A convenção foi fantástica. O Beto Richa pensou que poderia comprar o PMDB
e, graças ao desgaste do PT que atinge também a Gleisi, ser reeleito mesmo
tendo feito um governo muito ruim. Porém o PMDB não está à venda. Os
correligionários deram uma resposta clara e demonstraram que querem o
partido de volta ao protagonismo, livrando o estado desse apagão
administrativo dos últimos quatro anos.
8) Realmente existe uma “quebra” dos Deputados Estaduais em apoiar sua
eleição, uma vez que, após as convenções do PMDB o Sr. entrou em campo na
disputa eleitoral ao Estado?
Todo partido tem dissidência. O único partido sem dissidência era o
Nacional Socialista, porque o Hitler mandava fuzilar. No PMDB, em
determinado momento tínhamos duas correntes de pensamento sobre como
deveríamos proceder nessas eleições. A linha de ação foi decidida
democraticamente em convenção, e desde então é o que o partido vem
desempenhando. Eu costumo recorrer ao princípio bíblico: “quem nunca
errou, que atire a primeira pedra”.
9) Muitos Blogs com conteúdo político descrevem que o atual Governador nem
irá se quer disputar o segundo turno, como o Sr. analisa o atual cenário
político em nosso Estado a cadeira do Palácio Iguaçu?
Eu tenho a impressão que vou para o segundo turno com a Gleisi. Mas
prefiro não pensar nisso agora e simplesmente fazer uma boa campanha.
10) Por fim, quero saber quais são suas considerações finais e mensagem a
população Paranaense.
Gaudencio Torquato acredita que essas eleições devem ir às ruas. E eu
concordo com ele. A população mais jovens, que não se sente representada
pelos políticos, tem ido às ruas reclamar da educação, da saúde, do
transporte público, da falta de perspectiva de crescimento econômico e
emprego. E qual a resposta que eles têm recebido? Nenhuma. O caminho é
resolver os problemas, e não criminalizar os protestos. A saúde de um povo
está em sua capacidade de protestar. Nesse processo político, dou
sequência ao que sempre fui. Um contestador do regime que promove e mantém
injustiças. Não diria que sou um black block porque sou racional, formulo
propostas para resolver os problemas. Trabalho como aqueles intelectuais
orgânicos classificados pelo Gramsci. Temos que dar respostas aos
protestos da população de maneira forte e decidida. A minha candidatura é
a do incômodo com o que se passa atualmente no Paraná.
gasolina para a polícia e ração para os cachorros farejadores. Se o
governador não consegue sequer suprir essas necessidades básicas, não é um
empréstimo federal que vai salvar o Estado da bancarrota. Eu governei oito
anos bem e não precisei de nenhum empréstimo. Por isso, vamos voltar com
uma equipe séria, competente e experiente, para poder colocar as coisas
nos eixos.
3) Os Jogos Colegiais do Paraná que aconteciam na sua gestão por meio da
tão adorada Paraná Esportes, que agora mudaram de nome para Jogos
Escolares do Paraná e estão “sediados” por meio da Secretaria de Estado do
Esporte e Turismo, que eram feitos em sua fase final em Curitiba e agora
não mais, podem voltar a serem sediados em nossa capital? Uma vez que, as
melhores adaptações para tal jogos são nossos Colégios Estaduais que aqui
estão e foram aprovados nos nove JOCOPS que aqui tivemos de 2003 a 2011.
Mais importante que o local de sua realização é a capacidade de congregar
todas as escolas do Paraná em um grande evento, com receptividade e
qualidade para que nossos alunos se sintam prestigiados e motivados. As
competições estudantis realizadas pela Paraná Esporte, como você bem
lembrou, são parte integrante de nossa proposta de oferecer uma educação
plena a nossas crianças e jovens.
4) Sendo eleito, como será o diálogo entre o Governador Requião e o
Prefeito Gustavo Fruet?
Eu vou sentar com o Gustavo Fruet para resolver os problemas da cidade.
Curitiba precisa de um parceiro no governo estadual, não de um inimigo que
fique fazendo críticas e denúncias infundadas na mídia. Curitiba precisa
de parceria, como precisa também Londrina. Eu, no governo do estado, não
vou ficar falando mal da Dilma e da ministra Gleisi, fazendo malcriação
com a presidenta da República. Estou sendo eleito para resolver os
problemas do Paraná. Prefeitos dos nossos munícipios terão em mim um
parceiro.
5) A Escola de Governo que era apresentada semanalmente ao vivo, por meio
da Paraná Educativa cedinho no auditório do Museu Oscar Niemeyer irá
voltar? A cobrança que era feita ao primeiro e segundo escalão de sua
gestão, para todos os Paranaenses assistirem “ao vivo e a cores” irá
continuar?
Sim. Meu governo foi e será pautado pela transparência total das ações do
governo. Não somente através da televisão e rádio públicos, mas através da
internet, publicando todas as despesas e empenhos de forma clara para que
a sociedade possa acompanhar e fiscalizar.
6) Como foi a escolha do cargo a Vice Governadora, neste caso, a Vice
Governadora Rosane Ferreira? Igualmente o atual Vice Governador Flávio
Arns, que assumiu a Secretaria de Estado da Educação (SEED), a Vice
Governadora será nomeada em alguma Secretaria de Estado?
A Rosane declarou que pretende servir ao Estado apenas como
vice-governadora. Mas claro, ela é um quadro competente que será
importante em nossa administração independente de nome de cargo.
7) Como foi ganhar a Convenção do PMDB (com 319 votos a favor), mesmo
tendo alguns Deputados do próprio partido que se dizem contra sua
candidatura ao Palácio Iguaçu?
A convenção foi fantástica. O Beto Richa pensou que poderia comprar o PMDB
e, graças ao desgaste do PT que atinge também a Gleisi, ser reeleito mesmo
tendo feito um governo muito ruim. Porém o PMDB não está à venda. Os
correligionários deram uma resposta clara e demonstraram que querem o
partido de volta ao protagonismo, livrando o estado desse apagão
administrativo dos últimos quatro anos.
8) Realmente existe uma “quebra” dos Deputados Estaduais em apoiar sua
eleição, uma vez que, após as convenções do PMDB o Sr. entrou em campo na
disputa eleitoral ao Estado?
Todo partido tem dissidência. O único partido sem dissidência era o
Nacional Socialista, porque o Hitler mandava fuzilar. No PMDB, em
determinado momento tínhamos duas correntes de pensamento sobre como
deveríamos proceder nessas eleições. A linha de ação foi decidida
democraticamente em convenção, e desde então é o que o partido vem
desempenhando. Eu costumo recorrer ao princípio bíblico: “quem nunca
errou, que atire a primeira pedra”.
9) Muitos Blogs com conteúdo político descrevem que o atual Governador nem
irá se quer disputar o segundo turno, como o Sr. analisa o atual cenário
político em nosso Estado a cadeira do Palácio Iguaçu?
Eu tenho a impressão que vou para o segundo turno com a Gleisi. Mas
prefiro não pensar nisso agora e simplesmente fazer uma boa campanha.
10) Por fim, quero saber quais são suas considerações finais e mensagem a
população Paranaense.
Gaudencio Torquato acredita que essas eleições devem ir às ruas. E eu
concordo com ele. A população mais jovens, que não se sente representada
pelos políticos, tem ido às ruas reclamar da educação, da saúde, do
transporte público, da falta de perspectiva de crescimento econômico e
emprego. E qual a resposta que eles têm recebido? Nenhuma. O caminho é
resolver os problemas, e não criminalizar os protestos. A saúde de um povo
está em sua capacidade de protestar. Nesse processo político, dou
sequência ao que sempre fui. Um contestador do regime que promove e mantém
injustiças. Não diria que sou um black block porque sou racional, formulo
propostas para resolver os problemas. Trabalho como aqueles intelectuais
orgânicos classificados pelo Gramsci. Temos que dar respostas aos
protestos da população de maneira forte e decidida. A minha candidatura é
a do incômodo com o que se passa atualmente no Paraná.
cesarprevedello@yahoo.com.br
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