SUGESTÃO DE PAUTA /11 DE ABRIL:
Dia Mundial do Parkinson
Doença atinge aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo
Caracterizado
pelos tremores durante o repouso, o Mal de Parkinson é uma doença
degenerativa que atua no cérebro e se desenvolve mais frequentemente em
pessoas com mais de 50 anos de idade. Famosos, como o ator canadense
Michael J. Fox e o brasileiro Paulo José, que convive com o distúrbio há
20 anos, fazem parte dos cerca de 4 milhões de pessoas acometidas pela
doença no mundo - de acordo com dados da Organização das Nações Unidas
(ONU). Para alertar as pessoas sobre os sintomas e tratamentos foi
criado o Dia Mundial do Parkinson (11 de abril).
A doença crônica - uma das mais comuns na atualidade - ocorre devido a uma redução dos neurônios com dopamina, substância química neurotransmissora responsável pelos movimentos musculares. "Com essa degeneração, alguns sintomas começam a se manifestar, como os tremores - que aparecem em cerca de 70% dos pacientes -, rigidez muscular, dificuldade nos movimentos (passos curtos ao deambular), face em máscara (sem expressão) e instabilidade na postura", ressalta o neurologista do Hospital VITA Batel, João Rafael Argenta Sabbag.
Diagnosticar o Parkinson nem sempre é fácil, principalmente no início, quando os sintomas estão menos intensos. "Com o passar do tempo, os sinais são mais claros e precisos de diagnóstico. Apesar de iminentemente clínico, existem exames complementares que afastam outras doenças que geram parkinsonismo", alerta Sabbag, que destaca a importância de procurar ajuda médica assim que pelos menos dois, dos quatro sintomas listados, sejam detectados.
Entre as opções de tratamento estão o uso de medicamentos, realização de fisioterapia, fonoterapia, apoio de psicólogos, nutricionistas e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos. "Existe também a estimulação cerebral, que ajuda a diminuir os efeitos do Parkinson. Mas ela só é funcional no estágio moderado da doença", salienta o neurologista. O Parkinson é dividido em três fases: na primeira, considerada leve, o paciente é independente para as atividades; na moderada ele mantém a independência, mas necessita de ajuda para determinadas atividades; e, por fim, na avançada, quando apresenta limitação e dependência para as atividades diárias.
Apesar de não existir a cura do Parkinson, estudos recentes vêm sendo realizados para auxiliar na identificação e tratamento da doença, como a investigação do Instituto de Medicina Molecular, de Portugal, que busca diagnosticar o gene com problema para encontrar a origem da causa. "Esses estudos são de extrema importância para o diagnóstico precoce da doença. Assim, podemos orientar o tratamento mais precoce possível e buscar mais qualidade de vida aos pacientes", finaliza Sabbag.
Nenhum comentário:
Postar um comentário