Boletim Festival de Curitiba
2014
Agenda News festival
“Como Estou Hoje” é monólogo impactante da Cia. Dos Atores
No monólogo “Como Estou Hoje”, encenado por Marcelo Olinto, a Cia dos Atores promove a estreia do coreógrafo João Saldanha na direção teatral. Foi o ator quem convidou o conceituado coreógrafo, que acabou por assinar também o texto. Para Olinto, essa troca de experiências com companhias e profissionais de fora do grupo é um dos trunfos da Cia dos Atores. “A gente não se deixa engessar. Ter outros olhares que possam alavancar para outros lugares é fundamental”, pondera ele, que faz parte ainda de “Conselho de Classe”, que a Cia dos Atores também apresenta na Mostra 2014. Outro espetáculo da companhia no Festival de Curitiba é LaborAtorial.
Leia mais sobre as três peças da Cia dos Atores no Festival:
Como Estou Hoje: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/162
LaborAtorial: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/184
Conselho de Classe: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/158
Prêmio Shell-SP tem dois espetáculos do Festival de Curitiba entre seus vencedores
“Cais, ou Da Indiferença das Embarcações” e “Ricardo III”, dois dos espetáculos de maior sucesso da temporada paulistana de 2013, saíram vencedores da cerimônia de entrega do Prêmio Shell – SP, realizada na noite desta terça-feira (18/3). As duas montagens poderão ser conferidas na primeira semana do Festival de Curitiba, que tem início na próxima quarta-feira (26). Ambientada em um velho cais de Ilha Grande, no litoral fluminense, “Cais” recebeu o prêmio de melhor autor para Kiko Marques, que também dirige a montagem. No papel do personagem título, Chico Carvalho foi o vencedor na categoria de melhor ator por “Ricardo III”, primeira montagem do Projeto 39, que tem como objetivo montar as 39 peças de William Shakespeare nos próximos 10 anos. O espetáculo, dirigido por Marcelo Lazzaratto já está com ingressos esgotados no Festival de Curitiba.
Leia mais:
Ricardo III (SP): http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/149
Cais: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/141
Sesi na Rua traz o melhor do teatro de rua
Na 23ª edição do Festival de Teatro de Curitiba, o melhor do teatro de rua internacional, nacional, regional e local poderá ser conhecido através dos quatro espetáculos oferecidos pelo Sesi na Rua, mostra paralela ao festival, que procura dar acesso ao bem cultural de uma forma democrática. “El Hombre Venido de Ninguna Parte”, que abre o Festival no dia 25 de março, integra a lista de apresentações. A curadoria das peças – todas com entrada franca – é assinada por Beto Lanza e com produção da Parnaxx, e destaca a intenção de trazer o que cada grupo escolhido tem de melhor para mais perto do público. Tudo isso acontece na Arena Sesi, espaço especialmente montado para o Sesi na Rua
Leia Mais: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/190
El Hombre Venido de Ninguna Parte: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/157
Lázaro Ramos faz curadoria da 2ª edição da Mostra Baiana no Fringe
Pelo segundo ano consecutivo, o Festival de Teatro de Curitiba terá em sua programação uma Mostra Baiana, desta vez com curadoria do ator Lázaro Ramos. Durante 12 dias, de 26 de março a 6 de abril, sete espetáculos da Bahia ocupam o Teatro José Maria Santos, o Centro Cultural Sesi Heitor Stockler de França e o Largo da Ordem, ampliando a presença baiana capital paranaense. Os espetáculos foram escolhidos a partir da 2ª edição do Kit Difusão do Teatro da Bahia, que reúne informações sobre 30 montagens teatrais no intuito de ampliar a visibilidade delas nacional e internacionalmente. Na foto, O Segredo da Arte de Trancoso.
Leia mais: http://festivaldecuritiba.com.br/noticias/ver/188
Lotadas
· "Tesão, Piá": todas as sessões de 3 a 6 de abril, às 22h10, lotaram. O grupo abriu sessão extra no dia 1° de abril, no mesmo horário
· "Contrações": as duas sessões, nos dias 28 e 29 de março
· Risorama: sessões das 20h e das 22h30 do dia 29 de março, sessão das 20h do dia 2 de abril (já está com ingressos de sessão extra à venda).
· "A Importância de Ser Perfeito": nos dias 4 e 5 de abril
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A Guerra dentro da gente
O convívio de uma mulher com um desertor da Guerra do Golfo que acredita ter sido vítima de experiências bizarras do exército e está sob a ameaça iminente do ataque de insetos é a linha condutora de "Bichado", do paulista Núcleo Experimental, que está na Mostra 2014 do Festival de Teatro de Curitiba.
"Bichado" é a montagem do diretor Zé Henrique de Paula para um texto de 1996 de Tracy Letts. O autor também escreveu o roteiro de Álbum de Família, que foi para os palcos originalmente em 2008, levando os prêmios Pulitzer e Tony, mas que estreou este ano nos cinemas com Meryl Streep e Julia Roberts.
O espetáculo fecha a trilogia das guerras de Zé Henrique de Paula. O primeiro da série foi “As Troianas", adaptação da obra de Eurípedes, e, o segundo, "Casa / Cabul", de Tony Kushner.
Enquanto em "As Troianas", peça clássica grega, houve uma ambientação na Segunda Grande Guerra e em "Casa/Cabul" o pano de fundo era a invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão, "Bichado" traz a tragédia da guerra para um nível mais pessoal. O diretor explica que sua terceira peça sobre o tema aborda os efeitos da guerra na vida das pessoas comuns.
Tudo se passa em um quarto decadente de motel, cenário indicado ao Prêmio Shell 2012. Ali acontece o encontro de um soldado sob constante paranoia - e que supõe que teria insetos enxertados sob sua pele - e uma mulher que perdeu seu filho de seis anos num supermercado e espera a visita do ex-marido, que acabou de sair da prisão, a qualquer momento.
Ao evocar a vigilância do estado sobre os indivíduos, o espetáculo também passa por "O Contrato", texto do inglês Mike Bartlett montado por Zé Henrique de Paula no ano passado.
BICHADO
FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA – MOSTRA 2014
Sesc da Esquina
Dias 1 e 2 de abril – 21h
www.festivaldecuritiba.com.br
Ficha técnica completa:
Direção: Zé Henrique de Paula
Atores: Einat Falbel, Paulo Olyva, Adriana Alencar, Alexandre Freitas,
Rodrigo Caetano
Tradução: Thiago Ledier
Direção musical e preparação vocal: Fernanda Maia
Preparação de atores: Inês Aranha
Cenário e figurinos: Zé Henrique de Paula
Iluminação: Fran Barros
Assistente de Direção: Bibi Piragibe
Assistente de figurinos: Cy Teixeira
Operação de som: Thiago Ledier
Operação de luz: Fran Barros
Coordenação de produção: Claudia Miranda
Produção: Einat Falbel e Paulo Olyva
Cartas para Rosa
Umas das estreias nacionais do Festival de Teatro de Curitiba, “Rózà” é um espetáculo multimídia construído a partir das cartas da revolucionária Rosa Luxemburgo escritas, em sua maioria, em prisões alemãs do início do século 20. Nascida na Polônia, judia, militante cosmopolita, dirigente revolucionária, mulher apaixonada, oradora famosa e antimilitarista, Rosa foi brutalmente assassinada em 1919, dias após deixar a prisão e assumir a linha de frente da revolução alemã.
“O que me levou a querer fazer o espetáculo foi ver na figura de Rosa a sua atualidade, uma mulher de hoje e de agora. Rosa Luxemburgo era uma grande revolucionária, um grande espírito e um grande coração. Suas cartas são sublimes, pois nos tocam a alma. Precisamos hoje de seres apaixonados como ela, dessa força feminina sem medo e muita coragem”, define a diretora e atriz Martha Kiss Perrone.
As cartas de Rosa são interpretadas por três atrizes diferentes e trazidas ao público por meio da palavra, do vídeo, do canto e da música na busca de uma relação sutil e particular entre o momento histórico e o contemporâneo. O público é convidado a entrar em um espaço-instalação que reproduz ora uma casa, ora uma prisão, e acompanhar a trajetória desta personagem, compartilhando suas caminhadas e lutas até a sua prisão e morte.
O interesse de Martha pela vida de Rosa é antigo: “Em 2009 fiz um estágio durante um ano no Théâtre du Soleil em Paris e levei comigo uma biografia da Rosa e um cartaz dela com a frase ‘A Liberdade é quase sempre, exclusivamente, a liberdade de quem pensa diferente de nós’”.
“Rózà” é uma peça sobre a paixão de Rosa, conhecida como “Rosa, a vermelha”, mas também sobre a mulher que, como ela mesma diz, “não tem medo e quer tudo”. Nas cartas deixadas por ela, e editadas muitos anos depois, estão as questões encenadas: as paixões e os sonhos de ontem e hoje, aqui, na Alemanha, ou em qualquer lugar onde haja uma mulher sem medo de mudar o mundo.
Martha conta que, no ensaio aberto feito em São Paulo para feministas e militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, na sua grande maioria homens, o público ficou emocionado com a força das palavras de Rosa. “Será simbólico para nós estrearmos a peça em Curitiba, uma cidade com forte imigração polonesa, país de origem de Rosa”, afirma a diretora.
RÓZÀ
FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA – MOSTRA 2014
Centro de eventos Sistema Fiep
Dias 1 e 2 de abril – 21h
www.festivaldecuritiba.com.br
Ficha técnica:
Direção: Martha Kiss Perrone e Joana Levi
Coordenação dramaturgia: Martha Kiss Perrone
Pesquisa e colaboração dramatúrgica : Roberto Taddei
Adaptação Cartas de Rosa Luxemburgo: Martha Kiss Perrone e Joana Levi
Atrizes: Lowri Evans, Lucia Bronstein e Martha Kiss Perrone
Criação e operação de vídeo: Marília Scharlach
Direção Musical e Operação de som: Edson Secco
Iluminação: Beto de Faria
Composição música “Canção para Rózà”: Ligiana Costa
Figurinista: Dani Porto
Projeto Gráfico: Carlos Perrone
Direção de Produção: José Renato Fonseca de Almeida
Duração: 100 min.
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