Contrações – Grupo 3 de Teatro (SP)
Dias 28 e 29 de março, às 21h - Teatro Bom Jesus/
Drama épico conta história de três gerações FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA – MOSTRA 2014
Centro de eventos do sistema Fiep
Dias 27 (21h), 28 (21h), 29 (21h) e 30 (19h) de março./CONCRETO ARMADO
Teatro Paiol
Dias 26 e 27 de março – 21h
Com 25 artistas envolvidos - entre eles 12 atores, dois músicos em cena e manipuladores de bonecos -, a Velha Companhia, de São Paulo, apresenta no Festival de Curitiba o drama épico "Cais ou Da Indiferença das Embarcações". Nele, é narrada a história de três gerações de personagens que passaram por um dos mais belos recantos da geografia brasileira, a Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro.
O espetáculo, que está na Mostra 2014 do Festival de Teatro de Curitiba, foi um dos principais destaques da cena teatral paulista em 2013, com o maior número de indicações ao Prêmio Shell, seis ao todo, e concorrendo ainda a outros 13 prêmios em outras 3 premiações. Projeto em parceria com o Instituto Cultural Capobianco, onde estreou em 2012, foi vencedor de melhor autor de 2013 no APCA, melhor diretor no Qualidade Brasil e melhor autor no Aplauso Brasil.
Um dos destaques da montagem é o ator que interpreta o velho barco que narra e acompanha a história que atravessa décadas. Para o papel, a Velha Companhia convidou o veterano Walter Portela. O público poderá ver em cena o parceiro do célebre diretor Antunes Filho, e que também participou da lendária montagem do CPT de "Macunaína".
A peça se divide em dois atos e todos os acontecimentos se dão num dos cais da ilha, espaço de transição, onde o mar encontra a terra, e eventos marcados por festas de fim de ano. São contadas as histórias de Waldeci, seu filho Walcimar e seu neto Walciano. Entre elas, várias outras se entrelaçam compondo um painel de acontecimentos que fazem sentido conforme surgem os relatos.
O diretor Kiko Marques diz que frequenta a ilha desde os nove anos de idade. "Vi a Ilha se transformar completamente. Vi chegar a luz, a tevê, o presídio ser implodido, a fábrica de sardinha virar um centro comercial. Descobri um lugar de uma riqueza cultural e histórica muito especiais. O texto que compus é uma mistura de pesquisa e das minhas memórias", diz o encenador.
FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA – MOSTRA 2014
Centro de eventos do sistema Fiep
Dias 27 (21h), 28 (21h), 29 (21h) e 30 (19h) de março.
www.festivaldecuritiba.com.br
Ficha técnica:
Texto e Direção: Kiko Marques
Elenco: Alejandra Sampaio, Kiko Marques, Maristela Chelala/Tatiana de Marca, Marcelo Diaz, Marcelo Laham/Luciano Gatti, Marcelo Marotti, Marco Aurélio Campos, Maurício de Barros, Patrícia Gordo, Rose de Oliveira, Virgínia Buckowski
Direção Musical e Trilha Original: UMANTO
Músicos: Tadeu Mallaman e Milena Gasparetti
Cenário e Figurino: Chris Aizner
Iluminação: Alessandra Domingues
Direção Geral: Fernanda Porto
Produtoras: Alejandra Sampaio, Patricia Gordo e Virgínia Buckowski
Direção e confecção de Bonecos: Grupo Sobrevento
A ética do trabalho
Uma corrosiva crítica ao mundo corporativo é o pano de fundo de “Contrações”, espetáculo do Grupo 3 de Teatro, estrelado por Débora Falabella e Yara Novaes. A partir do texto do autor inglês Mike Bartlett, o que se vê em cena é um retrato de contradições que se movimentam no universo de trabalho.
Reconhecida por seu trabalho com o grupo mineiro Espanca! – que ganhou impulso nacional com o sucesso da peça “Por Elise”, no Fringe, em 2005, na 14.ª edição do Festival de Curitiba -, Grace Passô assina a direção.
A montagem trabalha intensamente com frases repetidas trazendo novos sentidos a cada vez, no que Yara vê uma “elaboração quase musical”. As duas atrizes recriam os conflitos de um ambiente de escritório no qual gradativamente os personagens vão abrindo mão de suas vidas e éticas pessoais em prol do trabalho.
A tensão se estabelece com a regra que proíbe relacionamentos entre colegas de trabalho e Ema (Débora Falabella) acaba confessando à diretora de recursos humanos (Yara de Novaes) seu relacionamento conjugal com um colega. A partir daí, situações absurdas se sucedem, envolvendo as duas numa trama que fará a funcionária acreditar nos argumentos da chefe e enveredar por um perigoso caminho.
Quarto espetáculo do grupo criado em 2006, “Contrações” é a segunda montagem com texto estrangeiro. Diretora do grupo, desta vez Yara queria atuar. “Temos uma autonomia para escolher o que e com quem trabalhar, mas a partir do momento que entregamos a direção para alguém em quem acreditamos, ela fica responsável por isso e pela gente também”, pontua Débora, que gosta da ideia de ter um outro olhar na criação.
O processo de construção deste trabalho contou com uma série de leituras realizadas pelo interior de São Paulo, o que permitiu aos envolvidos ir tomando consciência do impacto do texto nas pessoas. “Com essas leituras vimos que o que tratamos no palco faz parte da vida de hoje, época em que realmente você fica submisso ao mundo do trabalho”, pondera Débora. “Foi muito interessante escutar o público e ver a reação ao que a gente falava no texto, como ele bate nas pessoas e compreendemos o seu poder”, completa.
A diretora também destaca a importância das leituras. Nelas, argumenta, foi possível experimentar o texto em sua verve original. “Ele foi escrito para rádio, então existe nele uma estrutura sonora e essa experiência trouxe uma especificidade para o trabalho, porque desde o início tínhamos o olhar do público, a noção do impacto que é ouvir uma história surreal como esta”, diz Grace Passô.
A diretora convidada diz ainda que a experiência lhe ajudou no exercício da síntese da cena. “Imagens, situações e formas resolvem uma cena de maneira sintética, concisa e clara”, diz, acrescentando que foi um exercício importante para todos entender como é construir um espetáculo em que “a palavra é a ação”.
Contrações – Grupo 3 de Teatro (SP)
Dias 28 e 29 de março, às 21h - Teatro Bom Jesus
www.festivaldecuritiba.com.br
Ficha Técnica
Texto: Mike Bartlett
Tradução: Silvia Gomez
Direção: Grace Passô
Elenco: Débora Falabella e Yara de Novaes
Cenário e Figurinos: André Cortez
Iluminação: Alessandra Domingues
Direção Musical e Trilha Sonora: Morris Picciotto
Direção de Produção: Gabriel Paiva
Idealização: Grupo 3 de Teatro.
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Drama épico conta história de três gerações
Com 25 artistas envolvidos - entre eles 12 atores, dois músicos em cena e manipuladores de bonecos -, a Velha Companhia, de São Paulo, apresenta no Festival de Curitiba o drama épico "Cais ou Da Indiferença das Embarcações". Nele, é narrada a história de três gerações de personagens que passaram por um dos mais belos recantos da geografia brasileira, a Ilha Grande, no litoral do Rio de Janeiro.
O espetáculo, que está na Mostra 2014 do Festival de Teatro de Curitiba, foi um dos principais destaques da cena teatral paulista em 2013, com o maior número de indicações ao Prêmio Shell, seis ao todo, e concorrendo ainda a outros 13 prêmios em outras 3 premiações. Projeto em parceria com o Instituto Cultural Capobianco, onde estreou em 2012, foi vencedor de melhor autor de 2013 no APCA, melhor diretor no Qualidade Brasil e melhor autor no Aplauso Brasil.
Um dos destaques da montagem é o ator que interpreta o velho barco que narra e acompanha a história que atravessa décadas. Para o papel, a Velha Companhia convidou o veterano Walter Portela. O público poderá ver em cena o parceiro do célebre diretor Antunes Filho, e que também participou da lendária montagem do CPT de "Macunaína".
A peça se divide em dois atos e todos os acontecimentos se dão num dos cais da ilha, espaço de transição, onde o mar encontra a terra, e eventos marcados por festas de fim de ano. São contadas as histórias de Waldeci, seu filho Walcimar e seu neto Walciano. Entre elas, várias outras se entrelaçam compondo um painel de acontecimentos que fazem sentido conforme surgem os relatos.
O diretor Kiko Marques diz que frequenta a ilha desde os nove anos de idade. "Vi a Ilha se transformar completamente. Vi chegar a luz, a tevê, o presídio ser implodido, a fábrica de sardinha virar um centro comercial. Descobri um lugar de uma riqueza cultural e histórica muito especiais. O texto que compus é uma mistura de pesquisa e das minhas memórias", diz o encenador.
FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA – MOSTRA 2014
Centro de eventos do sistema Fiep
Dias 27 (21h), 28 (21h), 29 (21h) e 30 (19h) de março.
www.festivaldecuritiba.com.br
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