CULTURA
Gestão participativa da FCC definiu rumos da política
cultural em Curitiba
O
propósito de realizar uma gestão participativa norteou as atividades da
Fundação Cultural de Curitiba em 2013. A realização da 4ª Conferência Municipal
de Cultura, mais a Conferência Extraordinária que está agendada para o próximo
ano, as reuniões do Conselho Municipal de Cultura, as consultas públicas que
antecederam a publicação de editais, e os “Papos de Classe” garantiram a
participação popular e a democratização das decisões sobre políticas públicas
para a cultura em Curitiba.
“Todos esses encontros foram fundamentais para definirmos democraticamente as mudanças necessárias no setor cultural em nossa cidade. Essa linha de trabalho, que permite a ampla participação popular, será mantida”, garantiu o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, lembrando que esta é a única gestão que terá três conferências municipais de Cultura. Além da que foi realizada este ano e a prevista para 2015, está confirmada para o primeiro semestre do ano que vem uma conferência extraordinária.
Conferência - A 4ª Conferência
Municipal de Cultura, realizada em julho, precedida de encontros preparatórios
nas regionais, foi uma demonstração da abertura dada à sociedade civil para se
manifestar, apresentando críticas, sugestões e propostas. O evento contou com a
participação de representantes de diversos segmentos artísticos, de movimentos culturais
e comunitários, que definiram estratégias de fomento, valorização e difusão da arte.
“Os debates foram de altíssima qualidade. As pessoas debateram com ponderação e
convicção, com o propósito de realmente trilhar bons caminhos para esse
processo de aperfeiçoamento da cultura”, ponderou Cordiolli.
Um grande
avanço, para o presidente da FCC, foi a participação de setores que
historicamente não discutem políticas públicas de cultura. “Contamos, pela
primeira vez, com a presença de cidadãos que até então estavam excluídos desse
circuito de discussão, como moradores de rua, representantes do movimento negro
e artistas da cultura viva dos bairros. Isso mostra que estamos, de fato,
caminhando firmes na linha da transparência e do controle social das políticas
públicas”, afirmou.
Conselho – Outro espaço de debate sobre as
políticas culturais foi o Conselho Municipal de Cultura, que tomou posse em
maio e já realizou diversas reuniões ordinárias e extraordinárias. Dessas
reuniões, além dos membros nomeados, participam representantes de segmentos que
não integram oficialmente o colegiado, mas foram convidados pelo presidente
Marcos Cordiolli para acompanhar as discussões. É o caso, por exemplo, dos
representantes da área de design.
O objetivo é
fazer com que o Conselho se torne cada vez mais representativo, pois deverá,
junto com a Fundação Cultural, ajudar a construir o Plano Municipal de Cultura,
que condensará as metas para os próximos 10 anos da área em Curitiba. “Queremos
que o Conselho seja a voz da sociedade civil, nosso principal órgão
fiscalizador e, junto com a FCC, ajude a fomentar a cultura na cidade", explica
Cordiolli.
A participação
dos conselheiros será fundamental também na reformulação da Lei Municipal de
Incentivo à Cultura. Num dos últimos encontros, foi designada uma comissão encarregada
de iniciar os estudos e elaborar uma nova proposta. A comissão contará com a
assessoria técnica da Ordem dos Advogados do Brasil, que se integra ao Conselho
para auxiliar na abordagem jurídica desse processo.
Papos
de Classe - A série
de encontros setoriais denominada “Papo de Classe” foi outra oportunidade de
diálogo entre a Fundação Cultural e a classe artística. Os encontros, abertos a
todos os interessados, serviram para que a Fundação Cultural de Curitiba
levantasse as principais demandas dos segmentos artísticos, ouvisse críticas e
sugestões, com vistas às mudanças nas políticas públicas. Ao mesmo tempo,
possibilitou que a atual gestão da Fundação Cultural apresentasse os programas
e avanços feitos nos primeiros meses de gestão. Os Papos de Classe tiveram a
participação de 434 artistas, produtores e gestores das áreas de música,
teatro, literatura, dança, artes visuais, audiovisual, fotografia, circo e
novas linguagens.
Consulta pública – A partir deste ano, uma instrução normativa da
FCC determinou que todos os editais do Fundo Municipal da Cultura e da Fundação
Cultural sejam precedidos de consulta pública à comunidade artística e demais
interessados. O objetivo é que o documento atenda melhor as expectativas dos
artistas e produtores. O procedimento da Consulta Pública segue uma postura adotada
pela Prefeitura para aumentar a participação da sociedade nas decisões que
envolvem a política cultural da cidade.
Além
dos fóruns oficiais, a Fundação Cultural de Curitiba, por meio de suas
diretorias, coordenações e núcleos regionais, está sempre aberta aos artistas e
à comunidade em geral. Durante o ano, o presidente Marcos Cordiolli recebeu em
seu gabinete, em inúmeras oportunidades, representantes dos segmentos
culturais. “Este ano, propusemos um pacto com todos os segmentos em benefício
da cultura da cidade. A partir desse contato mais aproximado, temos condições
de construir juntos uma política cultural que atenda os interesses dos artistas
e da sociedade”, afirma Cordiolli.AVISO CULTURAL
A Praça do Iguaçu, que fica no Memorial de Curitiba, permanecerá fechada do dia 26 de dezembro até 7 de janeiro de 2014, período em que acontece a montagem da exposição “Brasil, Um País Um Mundo”, referente à Copa do Mundo 2014. Para visitação aos andares do Memorial de Curitiba a entrada será pela Rua do Rosário, 160.
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