sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Política cultural em Curitiba

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CULTURA
Gestão participativa da FCC definiu rumos da política cultural em Curitiba


            O propósito de realizar uma gestão participativa norteou as atividades da Fundação Cultural de Curitiba em 2013. A realização da 4ª Conferência Municipal de Cultura, mais a Conferência Extraordinária que está agendada para o próximo ano, as reuniões do Conselho Municipal de Cultura, as consultas públicas que antecederam a publicação de editais, e os “Papos de Classe” garantiram a participação popular e a democratização das decisões sobre políticas públicas para a cultura em Curitiba.

            “Todos esses encontros foram fundamentais para definirmos democraticamente as mudanças necessárias no setor cultural em nossa cidade. Essa linha de trabalho, que permite a ampla participação popular, será mantida”, garantiu o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, lembrando que esta é a única gestão que terá três conferências municipais de Cultura. Além da que foi realizada este ano e a prevista para 2015, está confirmada para o primeiro semestre do ano que vem uma conferência extraordinária.
            Conferência - A 4ª Conferência Municipal de Cultura, realizada em julho, precedida de encontros preparatórios nas regionais, foi uma demonstração da abertura dada à sociedade civil para se manifestar, apresentando críticas, sugestões e propostas. O evento contou com a participação de representantes de diversos segmentos artísticos, de movimentos culturais e comunitários, que definiram estratégias de fomento, valorização e difusão da arte. “Os debates foram de altíssima qualidade. As pessoas debateram com ponderação e convicção, com o propósito de realmente trilhar bons caminhos para esse processo de aperfeiçoamento da cultura”, ponderou Cordiolli.
Um grande avanço, para o presidente da FCC, foi a participação de setores que historicamente não discutem políticas públicas de cultura. “Contamos, pela primeira vez, com a presença de cidadãos que até então estavam excluídos desse circuito de discussão, como moradores de rua, representantes do movimento negro e artistas da cultura viva dos bairros. Isso mostra que estamos, de fato, caminhando firmes na linha da transparência e do controle social das políticas públicas”, afirmou.
Conselho – Outro espaço de debate sobre as políticas culturais foi o Conselho Municipal de Cultura, que tomou posse em maio e já realizou diversas reuniões ordinárias e extraordinárias. Dessas reuniões, além dos membros nomeados, participam representantes de segmentos que não integram oficialmente o colegiado, mas foram convidados pelo presidente Marcos Cordiolli para acompanhar as discussões. É o caso, por exemplo, dos representantes da área de design.
O objetivo é fazer com que o Conselho se torne cada vez mais representativo, pois deverá, junto com a Fundação Cultural, ajudar a construir o Plano Municipal de Cultura, que condensará as metas para os próximos 10 anos da área em Curitiba. “Queremos que o Conselho seja a voz da sociedade civil, nosso principal órgão fiscalizador e, junto com a FCC, ajude a fomentar a cultura na cidade", explica Cordiolli.
A participação dos conselheiros será fundamental também na reformulação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Num dos últimos encontros, foi designada uma comissão encarregada de iniciar os estudos e elaborar uma nova proposta. A comissão contará com a assessoria técnica da Ordem dos Advogados do Brasil, que se integra ao Conselho para auxiliar na abordagem jurídica desse processo.
Papos de Classe - A série de encontros setoriais denominada “Papo de Classe” foi outra oportunidade de diálogo entre a Fundação Cultural e a classe artística. Os encontros, abertos a todos os interessados, serviram para que a Fundação Cultural de Curitiba levantasse as principais demandas dos segmentos artísticos, ouvisse críticas e sugestões, com vistas às mudanças nas políticas públicas. Ao mesmo tempo, possibilitou que a atual gestão da Fundação Cultural apresentasse os programas e avanços feitos nos primeiros meses de gestão. Os Papos de Classe tiveram a participação de 434 artistas, produtores e gestores das áreas de música, teatro, literatura, dança, artes visuais, audiovisual, fotografia, circo e novas linguagens.
Consulta pública – A partir deste ano, uma instrução normativa da FCC determinou que todos os editais do Fundo Municipal da Cultura e da Fundação Cultural sejam precedidos de consulta pública à comunidade artística e demais interessados. O objetivo é que o documento atenda melhor as expectativas dos artistas e produtores. O procedimento da Consulta Pública segue uma postura adotada pela Prefeitura para aumentar a participação da sociedade nas decisões que envolvem a política cultural da cidade.
            Além dos fóruns oficiais, a Fundação Cultural de Curitiba, por meio de suas diretorias, coordenações e núcleos regionais, está sempre aberta aos artistas e à comunidade em geral. Durante o ano, o presidente Marcos Cordiolli recebeu em seu gabinete, em inúmeras oportunidades, representantes dos segmentos culturais. “Este ano, propusemos um pacto com todos os segmentos em benefício da cultura da cidade. A partir desse contato mais aproximado, temos condições de construir juntos uma política cultural que atenda os interesses dos artistas e da sociedade”, afirma Cordiolli.
AVISO CULTURAL


A Praça do Iguaçu, que fica no Memorial de Curitiba, permanecerá fechada do dia 26 de dezembro até 7 de janeiro de 2014, período em que acontece a montagem da exposição “Brasil, Um País Um Mundo”, referente à Copa do Mundo 2014. Para visitação aos andares do Memorial de Curitiba a entrada será pela Rua do Rosário, 160.

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