segunda-feira, 17 de junho de 2013

Brinquedo artesanal


 Brinquedo artesanal é o grande destaque do
espetáculo infantil “Artesão da Alegria”

A montagem, que conquistou o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, traz o quase extinto ofício do artesão de brinquedos, despertando a alegria das crianças

No mês de junho, quatro municípios paranaenses recebem o espetáculo infantil “Artesão da Alegria”, que faz parte do projeto “Malasartes no Vale do Ribeira”, contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012.

A proposta da montagem é oportunizar um encontro entre as crianças com o quase esquecido ofício do artesão de brinquedos. Tudo isso com muita interação, brincadeiras e imaginação. Durante o espetáculo, a plateia é convidada a ajudar, na prática, o trabalho da oficina do personagem do Seu Chico.  As crianças literalmente entram na história, fazendo parte do cenário e do roteiro, pois podem brincar com o pião, bilboquê, aviões de lata e muito mais. “Esta vivência traz sempre desafios renovados, pois é preciso experimentar. Não é só apertar um botão e ver o resultado. Colocar o brinquedo na mão da criança, estimulando a magia do brincar, é a essência do espetáculo”, afirma o diretor, Luis Carlos Teixeira. Para ele, os brinquedos expressam, de maneira viva, as tradições da cultura popular.

O espetáculo
O roteiro traz os atropelos de dois aprendizes de um ateliê de brinquedos, Quinzinho e Zezé, que aproveitam a saída do patrão para convidar as crianças da vizinhança (a própria plateia) para conhecer seu trabalho e ajudar nas tarefas da oficina. O público entra na fantasia e se diverte com os brinquedos clássicos, que vêm sendo passados de geração a geração.

Além da interatividade, o “Artesão da Alegria” conta com a exibição de um documentário, concebido especialmente para o espetáculo. Em meio às tarefas, Quinzinho esbarra em uma "caixa de luz", que dispara, projetando nas cortinas do ateliê um vídeo em que vários artesãos apresentam o seu ofício, mostrando, passo a passo, a construção de brinquedos.

Heidi Milder Xavier e Taina Costamillan de Guilherme Andere fazem parte do documentário. Heidi é conhecida pelos seus caleidoscópios, e Taina, que há oito anos é artesã, constrói diversos tipos de brinquedos, como o famoso jogo da velha e da memória. Para Heidi, há, de fato, poucos artesãos que fazem brinquedos, além das crianças terem, cada vez mais, acesso a brincadeiras eletrônicas. “Mas, acredito, que há espaço para todos. Sempre haverá uma lembrança e uma busca por brinquedos e brincadeiras simples”. Já para Taina, o trabalho do “Artesão da Alegria” é uma das formas de valorizar esse ofício, levando para as crianças, efetivamente, a magia de todo o processo artesanal.

O espetáculo já totaliza mais de 200 apresentações não apenas no Paraná, mas também em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal, reunindo mais de 10.000 espectadores.

Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz
Idealizado por um grupo de artistas do Paraná, o “Malasartes no Vale do Ribeira” conquistou o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012 (categoria Circulação de Espetáculos). O prêmio é uma concessão anual, que tem como objetivo apoiar projetos que visam o desenvolvimento de atividades artísticas de teatro. Além do "Artesão da Alegria", outro espetáculo teatral também faz parte desta proposta. É o “Dedo de Prosa”, que já foi apresentado no mês de maio dentro do mesmo projeto.

O Grupo Malasartes é um coletivo de intervenção artística dedicado à criação de uma linguagem de teatro itinerante para crianças e jovens, com foco na pesquisa e difusão da cultura popular e de histórias da tradição oral. Há muitos anos esse núcleo de artistas realiza trabalhos de interação com espaços comunitários, combinando três eixos de pesquisa e atuação: a Oralidade, a Ludicidade e a Gestualidade. As ações do grupo, que atua também como Ponto de Cultura (Associação Malasartes – Educação Sensível), estão disseminadas em vários bairros de Curitiba e desempenham um importante papel na ativação e descentralização cultural.

FICHA TÉCNICADireção: Luis Carlos Teixeira da Silva
Dramaturgia: Luis Carlos Teixeira da Silva, Adriane Havro e Vinícius Mazzon
Atuação: Adriane Havro e Vinícius Mazzon
Cenografia e Figurinos: Ricardo Garanhani
Vídeo: Luciano Coelho

Cronograma
Rio Branco do Sul: 6 e 7 de junho
Cerro Azul: 20 de junho
Doutor Ulysses: 21 de junho
Bocaiuva do Sul: 27 e 28 de junho

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