sábado, 3 de dezembro de 2011

Na escrita com Mariangela Salomão/News Cultura


 ...que solidão que nada... eu preciso é ser feliz......
A DIFAMADA SOLIDÃO
Vivemos em uma sociedade onde os movimentos todos, ou em sua grande maioria, são a favor dos grupos ou dos pares.
Prega-se a comunidade, o viver em sociedade, as parcerias, os casamentos independente de suas realizações, os pares amorosos independente de suas individualidades, filhos em grande número, famílias em grandes tribos, e grupos e mais grupos para garantir a felicidade dos finais de semana.
Pouco se fala, pouco se conhece da importância do estar só.
A solidão é cantada em verso, prosa e musica de uma forma negativa e anti-romântica, assassinando o verdadeiro sentido e importância que ela tem na vida de todos.
O bem maior que uma pessoa tem é ela mesma, e a sua própria vida... A sua, e não a do outro ou dos outros.
Como administrá-la, gerenciá-la, limpa-la, poli-la, senão estiver em contato direto e individual com a mesma?
Como pensar e repensar, conhecer e se reconhecer se o ser humano não estiver consigo mesmo?
Como organizar as idéias, colocar os pensamentos em ordem, na estante emocional, se não existir um processo solitário?
A solidão, o estar só, é fundamental para todos.
É somente através do contato consigo mesmo que a pessoa irá se conhecer de verdade, se avaliar, se perceber,
Olhar seus verdadeiros sentimentos, e aí ter o encontro com seu verdadeiro eu.
A confusão psicológica muitas vezes se dá pelo fato da pessoa fugir dela mesma.
As pessoas são criadas com conceitos errôneos sobre elas mesmas através de uma educação equivocada, mensagens negativas, distorções da realidade.
 Rótulos são colocados como se as pessoas fossem coisas, e catálogos e mais catálogos se impõem ao ser humano:
Feio, bonito, bom, mau, egoista, altruista, generoso, pão duro, burro, inteligente, sagaz, humilde, tímido, ousado,etc.
Obviamente todos têm características, mas buscá-las na verdade e não na imposição educacional rotulativa só será possível dentro de um processo de conhecimento. E esse só acontece através do estar consigo mesmo (a), sozinho (a), e em estado reflexivo.
A viagem mais fascinante é a do auto-conhecimento.
A maioria das pessoas não ousa fazer essa viagem pelo receio do que vão conhecer, no entanto, o país mais lindo é o pessoal, por ser único!
Viajam na viagem dos outros, andam pelo caminho do outros, vivem a vida do outros, e acreditam que assim estarão fugindo da tal solidão, quando na verdade estão apenas se enganando porque ninguém é de ninguém, e o único bem que se tem de fato é a própria vida..
Os outros passam e você fica. Por isso, seja  companhia de si mesmo(a), e encare a solidão, o estar só, como o verdadeiro encontro do eu!!!


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