1° -Moda por Andre Vasconcellos
o Sutiã
2°-Mariangela Salomão na escrita da semana.
POR UM MUNDO MAIS EGOíSTA POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!!!
"nana nenê na casa da vovó, vovó não tem colchão o nenê dorme no chão"
Para minha enorme surpresa (eu que trabalho com gente há muitos anos e sempre numa linha
humanista), ouvi de uma jovem mãezinha: " Você deveria escrever uma artigo para as pessoas ficarem mais egoístas...."
Confesso que fiquei meio atônita, até porque essa jovem é extremamente humana e caridosa,
assim como também generosa e tenta viver a vida da maneira mais leve possível.....
Pedi que por favor me explicasse melhor, e ela que além de muito generosa é muito inteligente
me disse que tem observado o quanto as pessoas hoje em dia se preocupam com a opinião dos outros.....ainda atônita passei a refletir.....e ela ainda complementou falando que para ser altruísta tem que ser anônimo, enquanto ela falava eu pensava " Como assim ? " e dentro de mim
fazia eco as décadas passadas aonde a repressão era horrorosa e que eu subentendia que agora
todos viviam no nirvana .................
Depois de muito refletir, porque a opinião de certas pessoas TEM que ser refletidas, cheguei a
conclusão que ela está absolutamente certa....como nunca havia pensado nisso antes????
É lógico.....como não havia analisado isso ainda????? Eu que respiro análise, que a mesma é algo incorporado à minha vida, como se fôsse uma parte a mais em meu corpo, nunca tinha feito o
link da tecnologia com a " fofoca" e o interesse alheio.
Portanto, é óbvio que essa modernidade, ao invés de gerar um estado de relaxamento, leva à
um estado de preocupação maior com o que o outro vai pensar ou falar, pois tudo é muito rápido
e público.....vide o google.
Então, a jovem mãezinha estava certa: por favor vamos fazer um mundo mais egoísta, no sentido
de cada um se preocupar mais consigo mesmo, e no sentido de cada um olhar para sua própria vida segundo ela.
Concluo pensando o quanto a análise, o pensar não nos garante muita coisa, porque afinal,
por mais que haja evolução tecnológica, o mundo continua habitado por seres humanos tidos
como racionais e para esse não há ainda enter ou delete.
Que o egoísmo seja colocado como está na cabeça dessa mãezinha, que cuida de seu filho nenê
e já está voltada para o outro que carrega em sua barriga...........!!!
Mariangelasalomao@hotmail.com
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André Vasconcellos
O sutiã
“porque estar por dentro é fundamental”
O sutiã
Uma peça que algumas mulheres odeiam e outras idolatram sem duvida nenhuma é o sutiã. Quando uma menina vê-se tendo que fazer uso de um sutiã uma aura de rito de passagem se insere em todo o contexto de seu uso. Sua opinião pode até mudar com o tempo, mas a verdade é que para a maioria das meninas, significa amadurecimento, e uma chance de chamar atenção dos meninos!
Tudo começou há 100 anos. Mary Phelps Jacobs patenteava nos Estados Unidos o sutiã. A invenção tinha o objetivo de acomodar os seios, possibilitando moldá-los, diminui-los, escondê-los ou exibi-los. Transformou a coadjuvante roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais. Antes, o acessório discreto era usado escondido, mas hoje é usado até como roupa de cima.
Esta peça de roupa tornou-se um aliado na busca da beleza, do conforto e da sedução.
Tudo começou com um gesto de rebeldia. Jovem nova-iorquina, Mary Jacobs revoltou-se contra o espartilho de barbatana que não só a apertava como sobrava no vestido de noite que acabara de comprar. Com a ajuda de sua empregada, fez uma espécie de porta-seios tendo como materiais dois lenços, uma fita cor-de-rosa e um cordão. Depois de confeccionar cópias para as amigas, resolveu comercializar a invenção. Mais interessado no sucesso de sua criação nas festas do que nas lojas, acabou por vender a patente por U$1.550,00 dólares para a Warner Bros.
Há milênios as mulheres vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha de Creta, elas usavam tiras de pano para modelá-los. Mais tarde, as gregas passaram a enrolá-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma faixa para diminuí-los. O espartilho surgiria na Renascença para encaixar a silhueta feminina no padrão estético imposto pela aristocracia. Por meio de cordões bem amarrados, ele apertava os seios a tal ponto que muitas desmaiavam. O sutiã apareceu para libertar a mulher daquela ditadura.
Na década de 1920, os sutiãs compunham o estilo dito "garçonne" e achatavam o busto. Nos anos 30, a silhueta feminina volta a ser valorizada. Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar os seios. Nos anos 50, com o advento do nylon, as peças ficam mais sedutoras e conquistam as estrelas de Hollywood. Nos anos 60, as feministas queimam em praça pública a peça que consideravam símbolo da opressão masculina. Este fato apenas colaborou com o aumento das pesquisas de matérias, novos formatos e feitios, já que de qualquer forma, querendo ou não, seu uso seria necessário, mesmo que por questões estéticas ou de saúde.
Não é difícil andar na rua e ver as alças aparentes, expostas como charme, ou mesmo por deselegância. Muitas mulheres o usam e o amam, mas como toda unanimidade é burra, existem outras tantas que simplesmente o ignoram!
Dúvidas? Perguntas? Sugestões?
André Vasconcellos – Consultoria: bravomoda@uol.com.br
André Vasconcellos mora em Curitiba-PR, é estilista formado pela UNESA – Universidade Estácio de Sá (RJ), tendo seu trabalho reconhecido e premiado em vários concursos em todo o Brasil.
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