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SEM FIO NO FESTIVAL DO PARANÁ DE CINEMA BRASILEIRO LATINO
SEM FIO NO FESTIVAL DO PARANÁ DE CINEMA BRASILEIRO LATINO
Você talvez já conheça ou tenha ouvido falar sobre o SEM FIO, um filme de Tiaraju Aronovich e Vaner Micalopulos, produzido pela Reticom Filmes. Mas você sabia que ele foi selecionado para alguns dos festivais mais importantes do Brasil e está concorrendo ao prestigiado Prêmio Araucária de Ouro no Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino?
SEM FIO é um filme difícil de categorizar. Qualquer um que tente fazê-lo, cai numa rede intrincada de clichês ou de coincidências. Não sabemos se as definições é que são clichês ou se as situações do filme é que são meras coincidências. Um pouco de tudo, um pouco de nada. Alguns nomes do elenco, pois: Marcos "Nasi" Valadão, interpretando Castro, um furioso e contraditório personagem, onde o cantor-ator (não necessariamente nesta ordem) mostra toda sua verve dramática e surpreende entre fúrias, pó e sangue; Tiaraju Aronovich que, além de dirigir o filme, empresta seu corpo a Juliano, um ladrãozinho merreca de celulares que sonha em ser um lutador de vale-tudo e quer encontrar a(s) mulher(es) de sua vida; Amanda Maya, que faz o papel de Heloísa, uma patricinha típica que se vê diante de um mundo totalmente diverso do seu; Luciana Stipp, no papel de Ana, que tem na sua irmã gêmea, Bia, sua melhor amiga, levando suas vidinhas medíocres entre seu apartamento mofado e frio e a loja de celulares onde trabalham, e que logo terao suas vidas transformadas por duas estranhas figuras: elas mesmas. Estes são apenas alguns dos personagens de um filme que conta com várias histórias paralelas que se confundem num nó feito com as mais básicas emoções humanas e com um fenômeno que de moderno não tem de nada: a falta de comunicação entre as pessoas. Perto do fio, longe do coração. Para coroar estas interpretações, o filme ainda conta com uma participação mais do que especial, o verdadeiro nó do longa-metragem, Leopoldo Pacheco, num papel que é desespero puro, até mesmo no nome: Leopoldo é Desepero!
As coisas de sempre com as pessoas de nunca. Vidas cruzadas em linhas cruzadas. Todas essas pessoas se cruzam e desentendem-se, pelo telefone e fora dele, numa intrincada teia de relacionamentos mal-sucedidos, permeados pela hipocrisia e pela mentira. Nao há tecnologia que diminua a influencia da miséria humana em nossas vidas. Perto do fio, longe do coraçao.
Fonte Escola de Cinema informativo35