quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Vik Muniz em Curitiba/PR/Brasil

Vik Muniz
de 19 novembro a 28 de fevereiro

Uma Mona Lisa feita de pasta de amendoim, Che Guevara desenhado em geléia ou o retrato de Elizabeth Taylor representado a partir de centenas de pequenos diamantes, assim é a obra de Vik Muniz, surpreendente no uso de materiais inusitados e no resultado. Imagens massificadas, ícones e símbolos populares, sucata da sociedade moderna industrializada e fotos de obras de artistas consagrados, como Monet, Goya e Caravaggio, lhe servem de ponto de partida. Peças de informática, microscópio, seringas, papel recortado, lixo e produtos alimentícios –como nas séries Crianças de Açúcar e Imagens de Sucata –estão entre os materiais utilizados em suas originais composições. A mostra, que antes passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo, tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e o apoio do Governo do Paraná e da Secretaria de Estado da Cultura.

O Museu Oscar Niemeyer abre a exposição Vik Muniz para jornalistas e convidados, nesta quinta-feira (19), às 19h. O público em geral poderá visitar a mostra a partir de sexta-feira (20). As fotografias-arte do paulistano surgem de reproduções, não de originais, que apenas servem de meio e não como produto fim. Integram esta exposição, a maior já dedicada a obra do artista, 131 trabalhos, com dimensões que vão de 23,6cm X 33cm a 292,1cm x 180,3cm, compostos por mais de 200 imagens. A exposição é complementada pela exibição de quatro vídeos, realizados pelo fotógrafo colaborador de Muniz, Fabio Ghivelder. Os vídeos revelam o processo criativo de algumas séries do artista, uma espécie de making of da construção de suas obras.

Uma instalação, produzida em madeira pelo próprio artista, exibe imagens, ao nível do chão, para que o espectador possa compartilhar o ponto de vista de Muniz ao fotografar de cima as obras da série Pictures of Garbage (Imagens de Lixo). Nessa série, os catadores de lixo do Aterro de Gramacho, em Caxias (RJ), personificam obras consagradas, recriadas com o material recolhido do próprio aterro onde trabalham.

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