terça-feira, 9 de setembro de 2008

Mon.Atrações.




Fusão das artes no 7 de Setembro

no Museu Oscar Niemeyer





O movimento e a música entraram no Museu Oscar Niemeyer neste 7 de Setembro. Dentro de uma programação especial, concebida para o primeiro domingo do mês, em que a população é convidada a usufruir do museu sem pagar ingresso, bailarinos e músicos fizeram suas performances em meio às telas e exposições. A conjugação destas artes não é algo novo, mas surpreende àqueles que estão mais habituados com o silêncio e a estática das obras de arte. Pela reação do público, a prática está aprovada. Passaram pelos corredores do museu 3.750 pessoas.



Para Hely de Souza, que se apresentou no violão com Marcelo de Oliveira (marimba), a experiência da música dentro do museu é bem interessante. Ele salienta a soma de todas as expressões: escultura, pintura, dança e música. “Todas as artes acontecem ao mesmo tempo e quem ganha é o público”, diz, lembrando que também é muito importante para o artista estar onde o povo está. “Isso deveria ser um programa corriqueiro. Isso fomenta a arte”, completa.



O bailarino do Teatro Guaíra Ian Mickiewicz, que assistia às performances da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), considera que a dança é mais uma arte para o museu. Segundo ele, talvez, pessoas que não freqüentam teatros ou casas de espetáculo tenham a chance de ter contato com o movimento do corpo em apresentações como essas. Ao mesmo tempo, lembra, os bailarinos se desenvolvem por terem que aprender a se movimentar num espaço diferente, com um solo diverso. “Destas experiências surgem outras formas de movimentos”, diz ele.



Até nos figurinos podem haver conexões entre as obras de arte e o conceito da coreografia. Como por exemplo na criação da bailarina Renata Roel, Entre os Dois Lados, cujo figurino é da designer Naty Fogaça. Para uma performance baseada em Francis Bacon (em exposição até 7 de setembro) e suas deformações, e nas figuras femininas de Egon Schiele, Naty desenhou um figurino sensual, expondo as costas da bailarina, com um tecido fluido, deslizante, que privilegiava os seus movimentos.



Para completar, foi contemplada também a sétima arte, com a projeção de filmes sobre artistas plásticos. Na exposição Poética da Percepção os visitantes puderam ser sujeitos, explorando as obras e utilizando seus cinco sentidos.
foto waldo rafael

Nenhum comentário: